Gravidez
Desde a década de 1990, houve um avanço notável na redução da mortalidade materna, com uma queda de 44%. No entanto, o desafio persiste, pois cerca de 830 mulheres ainda morrem diariamente devido a complicações relacionadas à gravidez e ao parto, ressaltando a necessidade crítica de acesso a serviços de saúde materna de qualidade.
Em Moçambique, a mortalidade materna está em 4 por 1000 nascimentos. Para reduzir os riscos associados à gravidez e ao parto, é aconselhável que as gestantes sigam uma dieta equilibrada, tomem suplementos de ferro e iodo, repousem o suficiente, evitem esforços físicos intensos, não levantem pesos excessivos e realizem no mínimo quatro consultas pré-natais. Além disso, é recomendado que o parto seja realizado em instalações de saúde especializadas.
No contexto das consultas pré-natais, orientações sobre a amamentação são fornecidas às gestantes, que também podem realizar testes de HIV voluntários. Se for o caso, tratamentos são disponibilizados para evitar a transmissão do vírus ao bebê. Após o parto, o recém-nascido é igualmente assistido com medicação adequada.
É de suma importância que, durante a gestação, se observe atentamente qualquer sinal de complicação, como cefaleias, convulsões, perda de consciência, edema nos pés, hemorragia vaginal, vômitos incoercíveis, palidez ou ausência de movimento fetal. Sinais de risco durante o parto incluem febre, hemorragia excessiva, retenção placentária, trabalho de parto extenso ou posição anormal do feto.
A violência contra mulheres grávidas representa um sério risco, podendo levar a consequências como aborto espontâneo, parto prematuro e nascimento de bebês com peso abaixo do ideal. Cada óbito materno é precedido por inúmeras outras mulheres que enfrentam complicações graves e persistentes. Portanto, é vital a implementação de medidas preventivas para evitar tais fatalidades e lesões.
Assegurar uma maternidade segura constitui uma questão fundamental de direitos humanos e representa a essência da missão do UNFPA. Através da colaboração com governos, profissionais de saúde e organizações da sociedade civil em vários países, o UNFPA dedica-se à capacitação de profissionais de saúde, ao aprimoramento do acesso a medicamentos vitais e serviços de saúde reprodutiva, ao reforço dos sistemas de saúde e à advocacia por normas globais para a saúde materna.