A prática de actividade física regular é importante para a saúde e o bem-estar físico, mental e social em todas as idades. Ser fisicamente activo ao longo da vida ajuda a prevenir e combater doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes de tipo 2 e muitos tipos de cancro. Também ajuda a prevenir a hipertensão, o excesso de peso e a obesidade, e pode melhorar a saúde mental e a qualidade de vida em geral.
Nas crianças e adolescentes, a actividade física é também importante para a saúde dos ossos, o crescimento e o desenvolvimento humano, e para o desempenho académico. Da mesma forma, e independentemente da faixa etária, existem evidências de que a redução do sedentarismo (como o tempo passado sentado) diminui o risco de doenças cardiometabólicas e de mortalidade por todo o tipo de causas.
Além dos seus muitos benefícios para a saúde, a actividade física também tem benefícios sociais, ambientais e económicos. Por exemplo, os meios de deslocação mais activos (como caminhar e andar de bicicleta) contribuem para redução do uso de veículos motorizados e do consumo de combustíveis fósseis, garantindo um ar mais limpo e estradas menos congestionadas e mais seguras. As actividades desportivas e de lazer podem ajudar a promover a prática de actividade física junto de pessoas de todas as idades e capacidades, e pode ser desempenhar um papel preponderante no turismo, no emprego e nas infra-estruturas. O aumento das oportunidades de actividade física pode favorecer o desenvolvimento comunitário e a integração social. Ao implementar políticas destinadas a reforçar a prática de actividade física em vários contextos, os países africanos podem criar oportunidades para abordar múltiplas prioridades nacionais e, assim, contribuir para a consecução dos objectivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Apesar de existirem dados factuais que demonstram os efeitos positivos da actividade física para as populações, cerca de um em cada quatro adultos (22%) e mais de quatro em cada cinco adolescentes escolarizados (85%) na Região Africana não praticam actividade físico desenvolvimento económico, ao aumento do poder de compra das famílias, à rápida urbanização não planeada e à evolução dos modos de transporte sem infra-estruturas seguras para a prática de actividade física. Na Região Africana, 44% das vítimas mortais de acidentes rodoviários são peões e ciclistas.
Em média, as mulheres (26%) são menos activas do que os homens (18%), por causa de restrições impostas por normas culturais e a falta de oportunidades de praticar actividades físicas em locais suficiente. Porém, o nível de inactividade física tem vindo a agravar-se d seguros, acessíveis e apropriados.
Mais de 200 000 pessoas morrem todos os anos na Região Africana devido à falta de actividade física. Se não forem tomadas medidas para salvaguardar e aumentar as oportunidades em matéria de actividade física, assistiremos a um aumento contínuo dos custos associados, com impactos negativos nos sistemas de saúde, no ambiente, no desenvolvimento económico, no bem-estar das comunidades e na qualidade de vida de todos.