Os preços do petróleo mantiveram-se estáveis na quinta-feira, 07 de Março, mantendo os ganhos da noite após dados otimistas do comércio chinês e após os dados dos EUA mostrarem um aumento menor do que o esperado nos estoques de petróleo e grandes retiradas nos estoques de combustível.
No entanto, as expectativas de que os cortes das taxas de juro dos EUA poderiam ser adiados, limitaram os ganhos.
Os futuros do petróleo Brent caíram 4 cêntimos para US$ 82,92 por barril, às 04:32 GMT, enquanto os futuros do petróleo americano West Texas Intermediate caíram 1 cêntimo para US$ 79,12 por barril, apesar do crescimento das importações e exportações da China ter superado as estimativas.
“Os dados da balança comercial da China são um sinal positivo para as perspectivas de demanda do mercado de petróleo”, disse a analista independente Tina Teng, baseada em Auckland.
No entanto, ela acrescentou que o sentimento de risco dominou os mercados financeiros, com as ações recuando em Wall Street.
O maior importador mundial de petróleo bruto registou um aumento de 5,1% nas importações nos primeiros dois meses de 2024 em relação ao ano anterior, para cerca de 10,74 milhões de barris por dia (bpd), mostraram dados alfandegários na quinta-feira, 07 de Março, à medida que as refinarias aumentaram as compras de petróleo bruto para atender às vendas de combustível durante o feriado do Ano Novo Lunar.
As exportações de produtos refinados da China em Janeiro-Fevereiro caíram 30,6% em relação ao ano anterior, para 8,82 milhões de toneladas, reduzindo a oferta para os mercados globais.
Os dados optimistas do comércio da China, a segunda maior economia do mundo, sugerem que o comércio global está a virar a esquina, num sinal encorajador para os decisores políticos, que tentam apoiar uma recuperação económica hesitante.
O Brent e o WTI subiram cerca de 1% na quarta-feira, depois de os inventários de petróleo bruto terem aumentado pela sexta semana consecutiva, aumentando em 1,4 milhões de barris, cerca de dois terços do aumento de 2,1 milhões de barris que os analistas tinham previsto numa sondagem da Reuters.
As reservas de gasolina e destilados caíram mais do que o esperado, mostraram também os dados da EIA.
Um dólar forte manterá o status quo no curto prazo, com os mercados a prepararem-se para o risco de o primeiro corte da taxa de juro da Federal Reserve dos EUA ser adiado para o segundo semestre deste ano, de acordo com uma sondagem da Reuters junto de estrategas cambiais.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o progresso contínuo na inflação “não está garantido”, embora o banco central dos EUA ainda espere reduzir sua taxa de juros de referência este ano.
Fonte: O Económico
