O petróleo estabilizou-se após o seu maior avanço em uma semana, com os traders ainda atentos às flutuações dos mercados mais amplos e às tensões no Médio Oriente.
Os futuros do Brent foram negociados perto dos US$ 78 por barril, depois de subir 2,4% na quarta-feira, 07 de Agosto, enquanto o West Texas Intermediate estava em torno dos US$ 75. Israel continua a preparar-se para um ataque do Irão, embora os comentários do presidente iraniano durante uma chamada telefónica com o seu homólogo francês tenham sugerido uma via diplomática para o desanuviamento.
O petróleo reagrupou-se depois de cair para um mínimo de sete meses na segunda-feira, no meio de uma derrota nos mercados accionistas mundiais. A interrupção da produção de crude no maior campo da Líbia ajudou a sustentar os ganhos, enquanto um raro ataque transfronteiriço das tropas ucranianas à Rússia aumentou as tensões geopolíticas.
“Neste momento, o quadro macroeconómico continua a ser dominante na definição da trajectória dos activos de risco como o petróleo, com os fundamentos relegados para segundo plano”, disse à agência Bloomberg, Harry Tchilinguirian, chefe do grupo de investigação do Onyx Capital Group. “Na frente geopolítica, é agora um jogo de espera centrado em quando e como o Irão poderá retaliar contra Israel. A forma que a eventual resposta do Irão irá assumir ditará a quantidade de prémio de risco que poderá desenvolver-se nos preços do petróleo”.
Os dados oficiais dos EUA na quarta-feira, 07 de Agosto, mostraram que as reservas de petróleo bruto caíram pela sexta semana, atingindo o valor mais baixo desde Fevereiro. Este facto pode aliviar algumas das preocupações sobre a vacilação da procura no maior consumidor, mas registaram-se aumentos no principal centro de armazenamento de Cushing e na gasolina.
Fonte: O Económico
