Galp coloca a venda sua participação em campo petrolífero da Namíbia – Reuters

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A petrolífera portuguesa Galp Energia, colocou a venda de metade da sua participação num bloco de exploração ao largo da Namíbia, no qual se fez uma importante descoberta de petróleo, noticia a Reuters, citando fontes da indústria próximas do assunto.

A descoberta de Mopane da Galp, que se estima conter pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo e gás equivalente, parece ser uma das maiores na bacia, o que poderá ajudar a impulsionar a indústria petrolífera do país da África Austral, mesmo quando os governos de todo o mundo procuram reduzir o consumo de combustíveis fósseis.

A Galp detém uma participação de 80% na Licença de Exploração Petrolífera 83, que abrange quase 10.000 quilómetros quadrados (3.860 milhas quadradas) na Bacia de Orange, com a empresa petrolífera nacional da Namíbia, NAMCOR, e o grupo de exploração independente Custos a deterem, cada um, mais 10%.

A Galp propõe-se igualmente ceder o controlo do desenvolvimento do projecto ao potencial comprador, que se espera ser um grande rival internacional com um forte historial na gestão de projectos, disseram as fontes.

De acordo com a Reuters, a Galp já tinha indicado anteriormente que poderia lançar um processo de angariação de capital para o desenvolvimento dos seus projectos na Namíbia, uma vez que estes poderiam atingir uma grande escala.

Diz ainda a Reuters, que a empresa contratou o Bank of America para gerir o processo de venda, que poderá angariar vários milhares de milhões de dólares para a Galp, embora o valor exacto não seja claro, disseram as fontes.

As acções da Galp fecharam em alta de mais de 20% após a actualização da Galp sobre o campo de Mopane e a Reuters ter noticiado o processo de venda.

A descoberta seguiu-se a campanhas bem-sucedidas, realizadas pelos rivais TotalEnergies e Shell, nos últimos anos, na mesma área. Outras empresas que entraram na Namíbia nos últimos anos incluem a Chevron, a australiana Woodside Energy, e a Qatar Energy.

A Namíbia tem atraído um enorme interesse de empresas petrolíferas internacionais que procuram aumentar a produção, uma vez que se prevê que a procura se mantenha forte durante anos.

Os analistas da Redburn disseram à Reuters que a actualização da Galp sobre a descoberta implicava que o campo tinha um recurso três vezes maior do que o estimado anteriormente.

A procura mundial de petróleo ainda não atingiu o seu pico, prevendo-se que cresça para cerca de 103 milhões de barris por dia em 2024, de acordo com a Agência Internacional da Energia, órgão de controlo da energia do Ocidente.

 

 

Fonte: O Económico

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