A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) emitiu um comunicado, nesta quarta-feira, 30 de Outubro, manifestando a necessidade urgente de um plano de contingência do Governo face às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane. A CTA destaca a importância de medidas coordenadas para assegurar a segurança dos empresários e mitigar os impactos económicos das mobilizações que estão a ocorrer no país. “Nesta fase, não gostaríamos de focar nos impactos, mas solicitamos que o Estado apresente um plano de contingências,” lê-se no comunicado.
A CTA também destacou a preocupação com o recente aumento nos casos de rapto, indicando que o fenómeno voltou a inquietar o sector empresarial. O comunicado sugere que uma resposta assertiva do Governo na resolução desses casos poderá ajudar a aliviar as tensões que alimentam o actual clima de insegurança. “Este fenómeno está a gerar inquietação entre empresários que temem que o aumento dos raptos possa prejudicar ainda mais o ambiente de negócios”, acrescentou a CTA.
Solicitação de garantias de segurança e continuidade dos negócios
Num apelo directo ao Governo, a CTA solicitou garantias de segurança para o sector empresarial durante o período das manifestações. A Confederação argumenta que o País não pode paralisar as actividades económicas, uma vez que os prejuízos seriam consideráveis e difíceis de recuperar. A organização sublinhou que as empresas pretendem manter suas operações, e que, para isso, é fundamental um plano de segurança claro e eficaz.
Além disso, a CTA propôs que o Governo oriente os sectores empresariais sobre como proceder em situações de paralisações ou mobilizações, tomando como referência algumas disposições da Lei do Trabalho. Embora o contexto seja diferente, a CTA sugere que certas directrizes possam ser aplicadas de forma análoga para garantir a segurança e a continuidade das operações empresariais.
Distanciamento das manifestações e desmentido de comunicação em apoio
A CTA aproveitou o comunicado para esclarecer rumores que circulam nas redes sociais sobre uma suposta paralisação de empresas em apoio às manifestações de Venâncio Mondlane. A Confederação negou categoricamente essa associação, afirmando que as mais de 160 associações empresariais que a compõem, incluindo câmaras de comércio e federações, não reconhecem o conteúdo deste comunicado apócrifo.
Ao reforçar o compromisso com a melhoria do ambiente de negócios em Moçambique, a CTA concluiu apelando por prudência e responsabilidade. Para a confederação, o momento exige cooperação entre o sector público e privado, de modo a garantir a estabilidade económica e social, essenciais para o crescimento sustentável do país.
Fonte: O Económico