Moçambique reafirmou seu compromisso em promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer instituições resilientes durante a 27ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Commonwealth (CHOGM 2024), que ocorreu em Apia, capital de Samoa. O evento, que reuniu delegações de 56 países-membros, teve como objectivo discutir estratégias para enfrentar desafios globais como a pobreza, as mudanças climáticas, e as consequências dos conflitos internacionais.
O Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, liderou a delegação moçambicana, representando o Presidente Filipe Nyusi. Na abertura da cimeira, Magala enfatizou o compromisso de Moçambique com os princípios da Commonwealth, destacando a importância de construir economias sustentáveis e inclusivas que respondam aos desafios contemporâneos. “Moçambique está empenhado em promover o desenvolvimento duradouro, fortalecendo suas instituições e criando uma economia resiliente que possa resistir a crises globais e promover o bem-estar de sua população”, declarou o ministro.
Reflexão e acção global
Sob o lema “Um Futuro Comum Resiliente: Transformando a Nossa Riqueza Comum”, a cimeira contou com uma série de fóruns e discussões que antecederam a reunião dos chefes de Estado e de Governo. Os participantes focaram-se em temas como a recuperação económica pós-pandemia, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, e a cooperação para a paz em regiões afetadas por conflitos, incluindo a guerra entre Rússia e Ucrânia e a situação no Médio Oriente.
Durante o evento, os Estados-membros discutiram a redução do financiamento ao desenvolvimento, um dos principais obstáculos enfrentados pelas economias em desenvolvimento, incluindo as da Commonwealth. Em resposta, os países reforçaram a necessidade de uma abordagem colaborativa para assegurar que todos os membros possam avançar em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Eleição do novo Secretário-Geral
Outro ponto alto da cimeira foi a eleição do próximo Secretário-Geral da Commonwealth, que substituirá Patricia Scotland, das Caraíbas. A escolha deste novo líder segue o princípio de rotatividade geográfica, e o continente africano tem a oportunidade de indicar o novo titular do cargo, com três candidatos concorrendo para assumir a posição.
Moçambique e o compromisso com um futuro resiliente
A participação moçambicana na CHOGM 2024 incluiu uma mensagem clara de renovação do compromisso do País com a resiliência e sustentabilidade. O Ministro Magala destacou que Moçambique vê a colaboração entre os Estados-membros como essencial para enfrentar os desafios globais e promover um desenvolvimento equitativo e inclusivo. “O desenvolvimento sustentável é uma prioridade para Moçambique, e estamos determinados a trabalhar em conjunto com os nossos parceiros para garantir um futuro melhor para todos os povos da Commonwealth”, disse ele.
A 27ª CHOGM culminou com a adopção de dois documentos-chave: o Comunicado Final e a Declaração sobre os Oceanos, reforçando o compromisso da Commonwealth com a preservação ambiental e o desenvolvimento de políticas que apoiem o uso sustentável dos recursos oceânicos.
Coincidindo com o 75º aniversário da organização e o 10º aniversário da Carta da Commonwealth, a cimeira reforçou a visão de uma comunidade unida pela paz, segurança e prosperidade. Para Moçambique, os compromissos assumidos em Samoa representam mais um passo em direção a um desenvolvimento sustentável, marcado por políticas inclusivas e uma economia adaptável às adversidades globais.
Fonte: O Económico