“Como Fazer Melhor?” – FMI propõe estratégias para enfrentar desafios globais de crescimento e dívida

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Num contexto económico global marcado por desafios cada vez mais complexos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou um apelo para “fazer melhor” ao abordar o crescimento baixo, a inflação e o endividamento crescente. A Directora-Geral do FMI, Kristalina Georgieva, traçou um panorama das dificuldades económicas e propôs estratégias para que governos e instituições financeiras internacionais enfrentem estas questões de maneira coordenada e eficaz.

Inflação controlada, mas o custo continua elevado

O FMI celebrou um progresso na desaceleração da inflação global, resultado de políticas monetárias rigorosas que estabilizaram os preços sem causar um colapso nas economias mundiais. Segundo as previsões, a inflação global deve cair de 5,3% este ano para 3,5% até ao final de 2025. Contudo, Kristalina Georgieva alertou que o novo nível elevado de preços permanece um peso significativo para as famílias, mostrando que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para aliviar a pressão sobre os consumidores.

Dívida Global: Um obstáculo ao crescimento

A dívida pública global, que pode ultrapassar 100 biliões de dólares num cenário adverso, foi um dos focos do discurso. O FMI vê a crescente dívida como uma ameaça directa ao crescimento económico, com os pagamentos de juros a consumirem uma parcela cada vez maior das receitas fiscais, principalmente nos países em desenvolvimento. A Directora- Geral do FMI propôs que os governos comecem imediatamente a implementar planos fiscais plurianuais para reconquistar espaço fiscal e, assim, evitar uma crise de sustentabilidade da dívida.

“Como Fazer Melhor”: Investir em reformas estruturais e crescimento inclusivo

Para lidar com o crescimento global anémico de 3,2% previsto para os próximos anos, o FMI sugere uma estratégia de “fazer melhor” investindo em reformas que impulsionem o crescimento e promovam o desenvolvimento inclusivo. Kristalina Georgieva destacou que o crescimento maior não só cria empregos, mas também alivia as pressões fiscais ao aumentar as receitas tributárias. Exemplos bem-sucedidos, como o da Jamaica, que reduziu a sua dívida pública em cerca de 50% ao longo de uma década, servem de inspiração para outras nações implementarem reformas sustentáveis e eficazes.

Cooperação internacional: A Chave para superar desafios globais

A mensagem do FMI é clara: a cooperação internacional e o multilateralismo são essenciais para enfrentar os desafios económicos globais, especialmente num cenário de tensões geopolíticas e tendências proteccionistas. Kristalina Georgieva apelou para que países e credores trabalhem juntos, citando os progressos no Quadro Comum, que já proporcionou avanços significativos para o Gana e a Etiópia. Ela defendeu que o FMI continuará a actuar como uma “rede de protecção financeira” para os países vulneráveis, apoiando os esforços de estabilização e crescimento.

Apoio aos países em crise: Fazer melhor para aqueles que mais precisam

Nos últimos três anos, o FMI ampliou significativamente a sua capacidade de empréstimos, triplicando o volume do Fundo Fiduciário para a Redução da Pobreza e o Crescimento. Países como Barbados, Sri Lanka e Costa Rica são exemplos de nações que se beneficiaram deste suporte em momentos críticos. Este papel fundamental do FMI é um reflexo da sua missão de “fazer melhor”, garantindo que países com recursos limitados possam enfrentar crises e aumentar a sua resiliência a choques externos.

Um apelo à acção e a inclusão

Ao final do discurso, a Directora-Geral do FMI enfatizou a importância de uma representação justa no FMI e nas organizações internacionais. Ela também destacou a necessidade de manter viva a chama da cooperação global, inspirada pelos fundadores de Bretton Woods, mesmo em tempos de escuridão.

Esta abordagem de “Como Fazer Melhor” serve como um guia para os líderes mundiais que, diante de um cenário desafiante, devem priorizar a estabilidade económica e a cooperação para construir um futuro inclusivo e resiliente. A mensagem do FMI é de que, embora os desafios sejam enormes, há caminhos viáveis e comprovados para fazer melhor e garantir que a recuperação económica seja possível para todos.

Num contexto económico global marcado por desafios cada vez mais complexos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou um apelo para “fazer melhor” ao abordar o crescimento baixo, a inflação e o endividamento crescente. A Directora-Geral  do FMI traçou um panorama das dificuldades económicas e propôs estratégias para que governos e instituições financeiras internacionais enfrentem essas questões de maneira coordenada e eficaz.

Fonte: O Económico

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