Fundo em São Tomé e Príncipe mira reposicionar natureza como ativo econômico

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Tendo como prioridade proteger o meio ambiente, São Tomé e Príncipe criou o Conservation Trust Fund, CTF.  A iniciativa pretende reposicionar a natureza do país como um “ativo económico estratégico”.

Discursando na Cúpula do Futuro, o presidente são-tomense, Carlos Manuel Vila Nova disse que a aposta na conservação visa reposicionar a natureza como “ativo econômico” para impulsionar o desenvolvimento.

Pilar central para o desenvolvimento

“Como pequeno Estado insular em desenvolvimento enfrenta desafios relacionados ao acesso a fontes previsíveis de financiamento e à diversificação de economia. O CTF será financiado por compromissos de investidores e filantropia, além da facilitar trocas de divisa por adaptação climática. Este fundo permitirá a proteção de 30% % do nosso oceano, conforme estipulado pela Convenção sobre a Biodiversidade e será um pilar central para o desenvolvimento da nossa economia azul e do ecoturismo. O CFT não só protegerá a nossa biodiversidade, mas também criará oportunidades para nossas comunidades alicerçadas no valor intrínseco da nossa natureza.”

O país que também decidiu investir na emissão de créditos de carbono defende que a economia verde e proteção de marinhos e terrestres como estratégias centrais para o desenvolvimento sustentável.

O chefe de Estado de São Tomé e Príncipe defendeu ainda uma diplomacia multilateral eficaz para garantir a segurança das nações, num mundo que Carlos Manuel Vila Nova considera estar enfrentando desafios complexos.

Cooperação internacional

Na sessão, o líder reafirmou o compromisso com esforços de cooperação internacional pelo avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e apontou a necessidade de abrangência em campos como a revolução digital.

O presidente considera que o fosso digital continua a ampliar as desigualdades, especialmente em países em desenvolvimento. Ele vê o fortalecimento da digitalização como oportunidade para capacitar jovens e promover o crescimento da economia.

Para uma maior inclusão, Carlos Manuel Vila Nova pediu parcerias que garantam um acesso inclusivo a tecnologias e oportunidades digitais.  

Fonte: ONU

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