Acesso ao Porto da Beira obriga a reflexão profunda

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A PRINCIPAL via que dá acesso ao Porto da Beira a partir da Estrada Nacional Número 6, no Bairro da Munhava, cidade da Beira, continua a preocupar sobremaneira os principais intervenientes daqueles serviços devido a congestionamentos, assaltos e outras contrariedades que criam longas esperas aos utentes, que reclamam também dos crescentes custos das operações.

O tema mereceu atenção dos participantes da Conferência de Logística e Comércio, organizada na cidade da Beira pelo Standard Bank no âmbito da celebração dos 130 anos daquela instituição financeira. Denunciam os utentes que a situação atenta contra a segurança dos vários intervenientes no transporte de mercadorias, que se queixam principalmente do tempo que se perde para completar as operações de carga e descarga de mercadoria.

Nesta conferência, a Presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, Esselina Macome, destacou a importância do porto e da própria cidade da Beira para o país, motivo que levou a instituição financeira a escolhê-la, há 128 anos, para instalar a primeira delegação daquele banco fora de cidade de Maputo.

“Esta é uma prova da importância estratégica que a cidade tem em todos os seus aspectos para o desenvolvimento do nosso país”, assinalou Macome, num evento cujo primeiro painel se debruçou sobre o tema “O Corredor de Desenvolvimento, Oportunidades de Investimento na Beira”, sobre o qual o administrador-delegado da Cornelder Moçambique, Jan d’Vries, destacou que se deve trabalhar de forma sincronizada com os vários intervenientes da cadeia para continuar a aumentar os volumes de carga, que têm crescido bastante fruto de programas de investimentos e de melhoramento.

“O acesso ao porto é um grande desafio. Quase sempre há longas filas de camiões para entrar no recinto portuário, o que reduz a eficiência do corredor; os camiões não conseguem entrar e sair com rapidez, consequentemente a produtividade do porto e do corredor vão diminuindo”, considerou.

Acrescentou que é importante encontrar soluções o quanto antes para melhorar o fluxo rodoviário, incluindo o ensaio de estradas de sentido único. Aponta a necessidade de construção de uma nova estrada de acesso ao porto e à zona industrial em alternativa à via que leva ao centro da cidade.

Além disso, d’Vries sugere que haja maior e profícua colaboração entre a Associação dos Transportadores, o Município, a Polícia de Trânsito e outras autoridades para melhorar o tráfego no Porto da Beira. “Como Cornelder, sabemos das nossas responsabilidades, que começam no nosso portão e terminam quando a carga passa pelo cais. O complexo ferro-portuário não é da nossa responsabilidade; é gerido pelos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM). Neste capítulo temos limitações sobre que acções a adoptar para uma melhor rentabilização dos serviços”, explicou, sublinhando que uma coordenação mais acertada com vários intervenientes podia ser fundamental para projectos como estrada e linha-férrea para facilitar negócio.

Fonte: Jornal Noticias

 

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