CENTO e cinquenta observadores da União Europeia (UE) serão destacados no dia das eleições, a 9 de Outubro, para a supervisão do processo em todo país.
A informação foi partilhada ontem por Laura Ballarin, chefe da Missão de Observadores Eleitorais da União Europeia, após a recepção concedida pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Gonçalves, em Maputo.
Anotou que, para além deste número de observadores no dia das eleições, chegará ao país, antes do processo, uma missão do Parlamento Europeu composto por euro-deputados e diplomatas.
Actualmente estão no país mais de 30 observadores da UE, que deverão se desdobrar pelas províncias a observar os preparativos e condições existentes antes do dia da votação.
Recordou que a missão não vai trabalhar à margem dos seus princípios de neutralidade e imparcialidade durante a observação do processo.
“Não interferimos no processo, temos uma metodologia definida e testada de observação, que se guia pelos padrões internacionais”, disse Laura Ballarin, e explicou que a razão da presença em Moçambique é de apoiar no desenvolvimento das instituições democráticas.
Deu a conhecer que a missão não vai fazer nenhuma declaração pública até 48 horas depois das eleições e isso surge como forma de respeitar o processo e sem interferir.
No entanto, dois meses após as eleições, a missão poderá voltar para apresentar o relatório, suas conclusões e recomendações para os próximos processos.
A missão da União Europeia deverá, nos próximos dias, manter encontros com diversas entidades, com destaque para as organizações da sociedade civil.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação frisou que a chegada da missão trás grande esperança e recordou que desde as primeiras eleições o Governo tem convidado a União Europeia para fazer a supervisão do processo e espera que desta vez também cumpra o papel.
As eleições de 9 de Outubro são as sétimas e deverão ditar a escolha de um novo Presidente da República, Parlamento, os membros das assembleias provinciais e governadores das províncias. Concorrem no processo quatro candidatos a Presidente da República e 37 partidos, que vão disputar a preferência de voto dos mais de 17 milhões de eleitores inscritos.
Foto: MOEUE
Fonte: Jornal Noticias