António Muchanga diz que a revisão da lei eleitoral é a única forma de erradicar o roubo de votos nas urnas, uma vez que abrirá espaço para a recontagem. Indicado candidato a governador de Maputo, Muchanga falava, este sábado, durante uma marcha, na Matola.A marcha teve início na sede do partido Renamo, no bairro da liberdade, e seguiu em caravana, percorrendo as artérias do município da Matola.Com objetivo de apoiar a candidatura de António Muchanga, que concorre ao cargo de governador da província de Maputo, centenas de membros e simpatizantes da perdiz juntaram-se ao movimento, que também serviu para a sensibilização do público para aderir ao voto.Muchanga foi candidato derrotado nas eleições autárquicas, ao nível da Matola, e, desta vez, diz contar com a nova lei eleitoral ainda em debate para a justiça eleitoral.“O presidente da República devolveu a lei porque quer continuar a perpetuar a fraude, mas ele falhou nos argumentos, porque violou a constituição, por isso vamos força-lo a aprovar a lei da forma que esta, para permitir que nenhuma pessoas tenha oportunidade de voltar a roubar aquilo que o povo deposita e dá a qualquer partido”, diz António Muchanga.A Renamo está viva, diz Muchanga, que promete trazer reformas caso seja indicado em Outubro próximo. Para o candidato, “os problemas que apoquentam os cidadãos da província de maputo têm anos e anos, e as construções existentes são do tempo colonial, há 50 anos, portanto, nós estamos aqui para encorajar os Matolenses a apostarem na Renamo e evitarem deixar-se levar pelos que praticam a prostituição política”.Ademais, a Renamo diz estar a preparar-se com objetivo de conseguir bons resultados no escrutínio. “Acreditamos que teremos melhores resultados, veja que, enquanto que uns lá na cidade de Maputo andavam a agitar as pessoas para não recensear, nós mandávamos as pessoas ao recenseamento, por isso que temos 23 acentos, e eles ficaram com 10”, remata Muchanga.Depois da Matola, a Renamo afirma que vai continuar no terreno, preparando-se ao detalhe para as eleições de 9 de Outubro.
Fonte:O País