Índice do Ambiente Macroeconómico teve aumento de 3% entre I e II trimestre

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Índice do Ambiente Macroeconómico em cerca de três pontos percentuais, passando de 45%, no primeiro trimestre, para 48%, no segundo. O Índice de Robustez Empresarial cresceu em um ponto percentual e passou a fixar-se em 31%, reflectindo a média ponderada dos índices provinciais.A CTA juntou os seus membros e outros interessados para realizar, esta quarta-feira, o Economic Briefing para avaliar o desempenho das empresas moçambicanas nos últimos seis meses.Agostinho Vuma, presidente da CTA, aponta como principais factores para esse crescimento o início da campanha de comercialização agrícola, o início da exportação de camarão e de algodão, entre outros.“Do ponto de vista do desempenho macroeconómico, destacamos uma ligeira desaceleração da actividade económica durante o primeiro trimestre, o que veio a ser corrigido pela tendência de crescimento da actividade empresarial verificada no segundo trimestre, fruto da desaceleração da inflação média trimestral de 6,02%, no primeiro trimestre, para 4,68%, no segundo; e do início do ciclo de redução das Taxas MIMO, anunciada pelo governador do Banco de Moçambique, tendo saído de 17,25%, em Janeiro, para 15%, em Junho. Estas medidas terão influenciado a redução das taxas de juro dos mercados financeiros que, embora de forma tímida, vão reconquistando uma certa confiança no seio da classe empresarial. Estes factores resultaram no aumento do Índice do Ambiente Macroeconómico em cerca de três pontos percentuais, passando de 45%, no primeiro trimestre, para 48%, no segundo. O Índice de Robustez Empresarial cresceu em um ponto percentual e passou a fixar-se em 31%, reflectindo a média ponderada dos índices provinciais.”A CTA, através do seu director-executivo, Eduardo Sengo, deu a conhecer que, no período em análise, houve melhoria da tendência de índice de emprego no país, de 104 para 116,25 empregos temporários e parciais.Apesar destas notas positivas, a CTA voltou a fazer pressão para que os problemas de falta de divisas no mercado cambial e os raptos, que ensombram a actividade empresarial, sejam resolvidos.“Registamos, contudo, com profunda preocupação, que, desde o surgimento deste fenómeno, em 2011, houve um cumulativo de mais de 250 casos de raptos, maioritariamente de empresários e seus parentes, dos quais poucos estão esclarecidos e, em todos os casos, apesar de declarações de terem sido identificados alguns dos seus mandantes, não temos registo público da detenção e condução à justiça de qualquer deles.”Só no primeiro semestre de 2024, registaram-se 15 raptos, e algumas vítimas continuam em cativeiro. Isto eleva ao estado de perigo, terror e inquietação dos membros da classe empresarial, resultando no abandono do país por alguns deles, o que não se mostra como uma saída, tendo em consideração que a maioria das vítimas, apesar da cor da sua pele, são moçambicanos e, portanto, sem opções nem interesse de abdicar da sua nacionalidade.“Devido à gravidade da situação e na nossa qualidade de entidade de utilidade pública, temos vindo a desenvolver diversas acções de advocacia junto do Governo e juntando todas as associações empresariais com interesse directo na matéria, o que resultou na produção de uma série de propostas de acção para a erradicação deste mal. Destas propostas, gostaríamos de destacar a imperiosidade de medidas estratégicas, reforço do sistema de segurança nacional e medidas tácticas e operativas que envolvam diversos segmentos sociais, particularmente unidades especializadas das Forças de Defesa e Segurança, a colaboração das vítimas resgatadas e/ou restituídas à liberdade, incluindo um programa específico e fiável de protecção às testemunhas e vítimas”, disse Agostinho Vuma.A CTA, no seu décimo quinto índice de robustez empresarial, destaca ainda que a indústria extractiva mostrou interligações fracas, estimadas em menos de 2%, enquanto o sector da construção teve impacto moderado em todos os sectores, estimado em 20%, excepto na logística.

Fonte:O País

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