O Conselho Constitucional (CC) admitiu como candidatos à Presidência da República Daniel Chapo, da Frelimo, Ossufo Momade, pela Renamo, Lutero Simango, do MDM, e Venâncio Mondlane pela CAD. Os quatro concorrentes vão “medir forças” durante 45 dias de campanha eleitoral e no dia da votação, a nove de Outubro próximo.“As candidaturas apreciadas nesta fase, concretamente dos cidadãos, Daniel Francisco Chapo, Lutero Chimbirombiro Simango, Ossufo Momade e Venância António Bila Mondlane preenchem os requisitos formais e os requisito substâncial e os requisitos formais exigidos pela constituição e demais leis”, lê-se no documento.No acórdão dos juizes conselheiros, o CC rejeitou as candidaturas dos cidadãos: Domingos Jossias Zucula, Dorinda Catarina Eduardo, Feliciano Maguiuanhane Machava, Manuel Carlos Pinto Júnior, Mário Albino, Miguel Rafael Mabote e Rafael Fernando Bata, por não preencherem os requisitos exigidos para o cargo.Daniel Chapo Natural de Inhaminga, província de Sofala. É formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane (2000), fez o curso de Conservador e Notariado (2004) e fez o Mestrado em Gestão de Desenvolvimento pela Universidade Católica de Moçambique (2014).Foi docente de Direito Constitucional e Ciências Políticas (2009), trabalhou como locutor na Rádio Miramar na cidade da Beira, foi nomeado Conservador para o Distrito de Nacala-Porto(2005), Em Novembro de 2015, viria a ser transferido para desempenhar as funções de Administrador no distrito de Palma, na Província de Cabo Delegado, Em Março de 2016, é nomeado Governador da Província de Inhambane.Ossufo Momade Ossufo Momade, um “renamista” que começou por ser combatente da Frelimo. Em 2019, foi eleito presidente da Renamo, depois da morte de Afonso Dhlakama. Estudou Direito no Instituto Superior Monitor, em Maputo, tendo iniciado o seu percursso político em Nampula, em 1974, um ano antes da independência de Moçambique, com a sua incorporação nas Forças Armadas de Libertação de Moçambique, em que fez parte do comissariado político-militar, passando depois para a área de saúde militar.Em 1999, foi eleito deputado da Assembleia da República e, em 2007, assumiu o cargo de Secretário-Geral da Renamo, cessando as funções em 2013. Um dos momentos marcantes do percurso de Ossufo Momade é, certamente, a sua eleição para presidente da Renamo, apesar do debate que houve na altura da suecessão, em que algumas pessoas diziam que ele não tinha um capital político muito forte para suceder a Afonso Dhlakama.Lutero Simango Filho de Urias Simango, um dos fundadores da Frelimo, Lutero Simango é quem vai representar o MDM nas presidenciais. Tomou a liderança do partido logo após a morte do seu irmão, Daviz Simango, tornando-se presidente do terceiro maior partido de Moçambique. Conquistando 87,9% de votos no congresso Nacional do seu partido que decorreu na cidade da Beira.Simango, chefe da bancada do MDM na Assembleia da República (AR), derrotou na corrida o deputado e académico Silvério Ronguane, que conseguiu 9,9% de votos.Venâncio Mondlane Venâncio António Bila Mondlane nasceu na cidade de Lichinga, na província do Niassa. Iniciou o seu percurso político em 2013, como membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), onde foi candidato a Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo pelo, nas eleições autárquicas de 2013. Tornou-se, por conseguinte, Chefe da Bancada do MDM na Assembleia Municipal de Maputo, entre 2014 a 2015, ano em que foi eleito deputado na Assembleia da República pelo Partido MDM, assumindo as funções de relator da bancada.Mudou-se depois para a Renamo, a convite de Afonso Dhlakama, maior partido da oposição no país, onde em 2019, passou a ser assessor particular do Presidente da Renamo para Assuntos Políticos e Mandatário Nacional deste partido. Em 2020, foi eleito deputado na Assembleia da República por essa formação política para IX Legislatura, assumindo as funções de relator da bancada.
Fonte:O País