O presidente Guinense, Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje, a Chave da Cidade de Maputo, numa cerimónia solene que aconteceu sem a oposição na Assembleia Municipal. Na ocasião, a presidente do Parlamento disse que a ausência da oposição é uma manifestação da democracia, mas que o ideal era ter a Assembleia composta.Umaro Sissoco Embaló manteve conversações à porta fechada com a presidente da Assembleia da República. À sua saída, não prestou declarações à imprensa. Entretanto, foi notória a ausência dos deputados da Renamo e MDM, facto que Esperança Bias afirma ter-lhe surpreendido.“Eu penso que democracia é exactamente isso: as pessoas manifestarem aquilo que é o seu desejo. O ideal é que a Assembleia esteja devidamente representada, mas não posso falar em nome dos que não estão presentes, porque nem sequer sabia que não estariam presentes.”O estadista guineense recebeu, esta quinta-feira, das mãos do edil de Maputo, Rasaque Manhique, a chave da capital moçambicana, acto simbólico de distinção do estadista guineense. No seu discurso, o edil de Maputo disse estarem abertas as portas para cidadãos guineenses virem a Moçambique.“Bem como foi bem destacado na resolução que acabamos de ouvir, o percurso político de Sua Excelência Umaro Sissoco Embaló não deixa dúvidas do seu engajamento na luta pela construção de uma Guiné-Bissau livre da pobreza e, por esta via, concorrer para o bem-estar de toda a África. A República da Guiné-Bissau e a República de Moçambique têm laços históricos e culturais que conferem aos seus povos uma genuína relação de irmandade. Com efeito, para além do cruzamento quase perfeito das nossas línguas podemos, a partir de hoje teremos mais guineenses em Moçambique e mais moçambicanos na Guiné-Bissau. Como forma de perpetuar esta tradição histórica e cultural, o Conselho Municipal de Maputo está disponível e disposto a cooperar em vários domínios com Bissau.”Num discurso breve, Umaro Sissoco Embaló agradeceu a atribuição do mais alto galardão da capital do país.“Para vos agradecer pelo acolhimento que nos foi reservado pela Chave da Cidade de Maputo que recebi e que muito me honra. O Conselho Municipal de Maputo, legitimado pelos votos dos cidadãos, é um exemplo de vitalidade da democracia moçambicana. Dessa vitalidade democrática, decorre a responsabilidade pelo desenvolvimento do projecto autárquico de servir Maputo e assegurar o bem-estar dos cidadãos da cidade capital de Moçambique.”Umaro Sissoco Embaló assinou também o livro de honra. A cerimónia foi testemunhada pelos membros do Governo autárquico e membros da Assembleia Municipal. A oposição não esteve presente e já tinha justificado que não concorda com a atribuição da Chave da Cidade a Embaló.
Fonte:O País