50 pessoas morrem durante protestos estudantis no  Bangladesh

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Cerca de 50 pessoas morreram no Bangladesh, nos últimos dias, em confrontos entre a polícia e estudantes. Esta semana as manifestações intensificaram-se e os jovens protestam contra o sistema de quotas que atribui cargos na função pública. Até esta sexta-feira, 50 pessoas morreram nas manifestações estudantis contra o sistema de quotas no Bangladesh. Os estudantes exigem que o Governo de Sheikh Hasina acabe com o sistema de quotas que atribui os cargos na função pública e que reserva mais de metade dos postos de funcionários bem remunerados a determinadas categorias da população. Um dos aspectos mais controversos é que 30% dos cargos são reservados aos filhos dos combatentes que lutaram na Guerra de Independência de Bangladesh contra o Paquistão em 1971. Esta quinta-feira foi o dia mais violento com 45 mortos e 700 feridos e a polícia disse que os manifestantes incendiaram edifícios governamentais, como a sede do principal canal público de televisão. O Governo ordenou, entretanto, o encerramento da rede de internet móvel em todo o país. De acordo com os hospitais, os tiros da polícia estão na origem da morte de, pelo menos, dois terços das pessoas. Os protestos começaram a 1 de Julho e não pararam. Na segunda-feira, houve confrontos violentos em duas universidades de Dacca, com mais de 400 feridos. Na terça-feira, o Governo ordenou o encerramento das escolas e universidades. Os manifestantes prometem continuar as manifestações apesar da repressão. As ONGs de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas pediram ao Governo para não recorrer à violência.

Fonte:O País

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