Wednesday, December 4, 2024
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Deusa d’África e Dom Midó das Dores lançam “Metamiserismo” em Maputo

“Metamiserismo – uma nova escola literária” é o título do livro de Deusa d’África e Dom Midó das Dores, que será lançado no próximo dia 08 de Agosto, pelas 17h30, no Camões, Centro Cultural Português, em Maputo.Escrito a quatro mãos, “Metamiserismo – uma nova escola literária” é um livro que é publicado sob a chancela da Alcance Editores, contando com o prefácio do ensaísta e professor universitário Sávio Freitas. Já a apresentação, no Camões, será feita pelo ensaísta Francisco Noa.Segundo uma nota de imprensa, “‘Metamiserismo’ é uma proposta de reflexão impactante, de autoria de Deusa d’África e Dom Midó das Dores, a que estes dois poetas erguem a possibilidade de reconstrução da sociedade. Descrevem o caos que afecta a humanidade, por via de pandemias, guerras, crimes ambientais, neocolonialismo invasor, novas ditaturas, feminicídios, racismos, homofobia, transfobia, negacionismos, necropolítica”, acrescenta a nota: “Estes poetas representam uma fase neo-combate na literatura moçambicana. Esta fase surge para reivindicar o lugar de uma literatura de protesto estético e ideológico frente aos novos rumos de discussão que a arte vem tomando no mundo e cada vez mais hasteando uma bandeira de humanitarismo”.Os auto-designados “Poetas Metamiseristas”, Dom Midó das Dores e Deusa d’África, avança a nota de imprensa, entregam uma colectânea de poesias que fazem (re) pensar temas por demais polêmicos se tratando da cartografia de escrita literária moçambicana de uma fase neo-combate.Assinando em autoria, os autores inauguram o que acreditam ser a possibilidade de humanitarismo literário que se constrói por quatro mãos e duas mentes insatisfeitas com o sistema político machista, opressor e desumano que torna escatológica qualquer forma de viver que esteja fora do padrão.A colectânea de poemas Metamiserismo não só continua o trabalho da Associação Xitende, para além disso, recupera a fase nacionalista moçambicana ao ponto que representa a voz de uma colectividade de artistas que, sob ritmo do xitende, traz à baila a voz de tantos ancestrais invisibilizados pelo memoricídio de uma colonização sangrenta, desumana e oportunista. Uma colonização que continua sendo reproduzida por um neocolonialismo opressor e sistematizador de classes, de raças e de género, lê-se na nota de imprensa.Para os autores, “o metamiserismo nasce da constatação axiológica de que a miséria do Homem moçambicano vem de dentro. Não é possível combater a miséria sem uma fenomenologia do Homem moçambicano. A disposição espiritual do Homem moçambicano determina a sua acção material e nessa dialéctica podemos ver a desgraça, a indigência, a corrupção material e moral, a aculturação e a promoção das perversões como uma cultura de tudo dependente ou é consequência da miséria espiritual”.Sobre os autoresDom Midó das Dores é Doutorando em História de África Contemporânea pela Universidade Pedagógica, Mestre em Ciências Políticas e Estudos Africanos, Licenciado em Relações Internacionais e Diplomacia. Nascido a 05 de Fevereiro de 1978, em Xai-Xai. É Autor do romance editado pela Índico Editores, em 2009, intitulado “A Bíblia dos pretos”. Em 2000, Dom Midó venceu o prémio literário Teatro Rádio Fónico da Rádio Moçambique. Docente na universidade Pedagógica, foi Deputado na Assembleia da República, foi Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Xai-Xai e é Administrador do Distrito de Mandimba. É co-fundador do Núcleo Literário Xitende. Actualmente ocupa o cargo de Revisor e Conselheiro da Associação Xitende.Tem publicações em revistas nacionais e internacionais. Tem textos antologiados pela Editora de Letras “Vozes do Hiterland”, em 2015, antologiado na Espanha em “Galiza-Moçambique: Numa Linguagem e Numa Sinfonia”, em 2016, foi antologiado em 2020, pela Xitende, em “Fique em Casa, Amor!” e “19 Cartas para Covid19”.Deusa d’África é Mestre em Contabilidade e Auditoria e mestranda em Língua Portuguesa Aplicada ao Ensino. Docente na Universidade Save e Contabilista do Fundo Global – Malária. Possui textos (prosa, ensaios e poesia) publicados na imprensa nacional e estrangeira.Coordenadora-Geral da Associação Cultural Xitende, curadora do Festival Internacional de Poesia, de saraus culturais, feiras de livro, concursos de poesia, palestras escolares, semanas literárias, oficinas de escrita e mentora do projecto Círculo de Leitores, desde 2011. Viu alguns dos seus trabalhos traduzidos para sueco, inglês e mandarim.É autora de seguintes obras: “A Voz das minhas entranhas” (poesia), editada pelo FUNDAC, em 2014; “Equidade no Reino Celestial” (romance), pela Editora de Letras, em 2014; “Ao encontro da vida ou da morte” (poesia), pela Editora de Letras, em 2014; “Cães à estrada e poetas à morgue’’, pela Alcance Editores, em 2022, e “Uma onça na cidade”, pela Alcance Editores, em 2023;Foi distinguida pelo Governo Provincial de Gaza, como Personalidade do Ano, 2016, em reconhecimento do seu patriotismo e pela sua contribuição no desenvolvimento e promoção das artes e cultura.Em Março de 2017 representou Moçambique no Festival Literário de Macau.Escreveu o hino para o Festival Nacional de Jogos Escolares e Desportivos em Moçambique em 2017. É membro do Conselho Editorial da Revista Kilimar.  

Fonte:O País

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