Textáfrica de Chimoio nega envolvimento em actos de corrupção

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Caso Guilherme Malagueta poderá ser levado ao Gabinete Central de Combate à Corrupação. O árbitro é acusado de ter recebido 100 mil meticais para favorecer o Textáfrica de Chimoio, no jogo contra a Associação Black Bulls, partida que terminou em escaramuças. A Liga Moçambicana de Futebol já está a investigar o caso, para depois encaminhar aos órgãos de Justiça.O jogo entre o Textáfrica e Associação Black Bulls, referente à décima jornada do Moçambola, continua no centro das atenções. A partida foi marcada por actos de violência praticados pelos adeptos dos “fabris” do Planalto, que reclamavam a má actuação da equipa de arbitragem, chefiada por Guilherme Malagueta, por este, supostamente, não ter assinalado uma grande penalidade a favor da sua equipa.A situação levou a Polícia da República de Moçambique a recorrer a gás lacrimogénio para dispersar os adeptos, tendo, em consequência disso, havido feridos, entre eles jornalistas. Depois dos acontecimentos, a Liga Moçambicana de Futebol convocou uma reunião de emergência com a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol, CNAF, e os 12 clubes que participam na prova, a fim a de analisar o assunto.Através deste comunicado, a LMF fez saber que caso se constate a existência de matéria de índole criminal, endossará o respectivo expediente ao Gabinete Central de Combate à Corrupção.Num outro comunicado, tornado público depois da sessão ordinária realizada na quarta-feira, 10 de Julho, que tinha em vista, mais uma vez, analisar os acontecimentos de Chimoio, o delegado da partida indica, no seu relatório, que, depois do jogo, o presidente do Textáfrica, Alfredo Dézima, exigiu a devolução do valor de 100 mil meticais ao árbitro do encontro, Guilherme Malagueta. O valor em causa foi pago a título de suborno para facilitar o resultado. No entanto, o clube nega qualquer envonvimento no caso de corrupção.O Conselho de Disciplina da LMF entende que há necessidade de se apurar a verdade material, pois há sanções a serem aplicadas, à luz do Regulamento de Disciplina do organismo. Nesse sentido, nomeiou uma comissão de inquérito para investigar. Gimo Patrício fala de perseguições contra a sua equipa.Segundo Regulamento de Disciplina, no seu artigo 49 das infracções disciplinares muito graves, como é o caso da corrupção da equipa de arbitragem.“O clube que, através das dádivas, presentes, ofertas, promessas de recompensa ou de qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial a qualquer elemento da equipa de arbitragem, obtiver uma actuação parcial daqueles por forma a que o jogo decorra em condições anormais ou com consequências no seu resultado, ou que seja falseado o bolentim do encontro será punido nos seguintes termos:a) Baixa divisãob) Multa de 200.00,00MT (duzentos mil meticais) a 300.00,00MT (trezentos mil meticais)Conhecido nos meandros desportivos, o jurista e advogado Roque Gonçalves esclarece que se trata de matéria criminal e, por isso mesmo, não tem limitações da FIFA. Nesse sentido, afirma que a Procuradoria-geral da República pode investigar o caso. Para tal, o jurista sugere que a Liga Moçambicana de Futebol deve encaminhar o processo à PGR.A Comissão Nacional de Árbitros de Futebol, através do seu presidente, Francisco Machel, promete pronunciar-se nos próximos dias, depois da conclusão do inquérito dirigido pela LMF.

Fonte:O País

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