A estratégia preconiza o aproveitamento dos abundantes recursos naturais para acelerar o desenvolvimento económico de baixo carbono que permita ao País gerar crescimento socioeconómico inclusivo, posicionar-se como um polo regional de energia e contribuir para a transição energética global.
De acordo com o Vice-Ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, para responder à esses desafios da transição energética e concretizar plenamente a suas oportunidades, serão necessários investimentos em grande escala, alguns dos quais terão de ser mobilizados e catalisados através de fontes de financiamento publicas concessionais.
O Governo estima que a Estratégia de Transição Energética de Moçambique exija mais de US$ 80 mil milhões e “está ciente do papel fundamental que o sector privado ira desempenhar para o alcance do objectivo central”.
Assim, o Governo está em busca de investimentos e parcerias par o desenvolvimento de projectos nas áreas de geração, particularmente nas energias renováveis incluindo hidroeléctricas, expansão e melhoria da rede de transporte e distribuição de energia, electrificação das áreas fora da rede através de mini redes e sistemas autónomos, massificação de soluções de cozinha limpa e desenvolvimento de parques e corredores industriais verdes
Antonio Saide, descreveu que Moçambique esta inserido num contexto internacional complexo caracterizado por um lado, por escassez de energia e, por outro lado, pelas mudanças das políticas globais impostas para adaptar e mitigar os efeitos nocivos sobre o meio ambiente causados em grande parte pela utilização de combustíveis fosseis.
António Saíde admitiu que o potencial energético que Moçambique ostenta, impõe um grande dilema, entre explorar os recursos para assegurar a disponibilidade, a segurança e a estabilidade energética para electrificação do Pais, sabendo que a taxa de acesso é de cerca de 54% dentro e fora da rede e importador líquido dos combustíveis líquidos, acrescentando-se o imperativo da industrialização, avaliando os baixos níveis que o País apresente neste momento.
Fonte: O Económico