Impacto ambiental da economia digital: crescente consumo de energia e água, aumento dos resíduos digitais

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A pegada ambiental do sector de tecnologia da informação e comunicação (TIC) é significativa, abrangendo todo o ciclo de vida dos dispositivos e infraestrutura digitais – desde a extração e processamento de matérias-primas até a fabricação, distribuição, uso e descarte. Este processo consome grandes quantidades de minerais de transição, energia e água, contribuindo significativamente para as emissões de gases de efeito estufa e poluição, revela o estudo da UNCTAD que analisa a Economia Digital, o crescente impacto ambiental da economia digital em expansão mundial.

O relatório publicado esta semana, revela que, em 2020, as emissões de CO2 equivalente do sector de TIC foram estimadas entre 0,69 a 1,6 gigatoneladas, representando 1,5-3,2% das emissões globais de gases de efeito estufa, uma cifra que deve aumentar com o crescimento da economia digital.

O desenvolvimento da inteligência artificial e da mineração de criptomoedas é particularmente preocupante. A mineração de Bitcoin, por exemplo, viu seu consumo global de energia aumentar aproximadamente 34 vezes entre 2015 e 2023, atingindo uma estimativa de 121 TWh. Entre 2018 e 2022, o consumo de electricidade de 13 grandes operadores de centros de dados mais que duplicou, destacando a necessidade urgente de abordar as pegadas de energia e água dessas tecnologias.

O estudo destaca que o comércio eletrônico disparou, com o número de compradores online crescendo de menos de 100 milhões em 2000 para 2,3 bilhões em 2021. Esse aumento levou a um crescimento de 30% nos resíduos relacionados à digitalização de 2010 a 2022, atingindo 10,5 milhões de toneladas globalmente. 

“O maneio e descarte inadequados de resíduos digitais exacerbam as desigualdades ambientais, impactando desproporcionalmente os países em desenvolvimento”. Alerta a UNCTAD.

Fonte: O Económico

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