Leões perderam por três golos (32-29) frente ao germânicos do Rhein-Neckar Lowen e deixam aberta a eliminatória para a segunda mão no Pavilhão João Rocha
O Sporting não resistiu à superioridade do Rhein-Neckar Lowen no jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga Europeia, no pavilhão dos alemães, em Mannheim, esta terçe-feira à noite, mas apesar da derrota garantiu um resultado (32-19) que permite continuar a ambicionar a qualificação para a Final Four da competição.
Três golos são recuperáveis, ainda que se exija ao líder 100 por cento vitorioso do campeonato português exibir-se um nível superior ao desta noite na Alemanha. A mais ampla diversidade de recursos ofensivos do Lowen e a sua maior solidez defensiva desequilibraram este duelo europeu. Essa eficácia dos germânicos revelou-se crucial para o desfecho da partida, perante a irregularidade, principalmente ofensiva, do Sporting, ainda que, para esta, se deva mérito ao gigante guarda-redes alemão. À equipa leonina foi-lhe quase sempre exigido o limite (da sua qualidade de jogo e da velocidade de execução) para ultrapassar a oposição da defesa da antagonista e sob pressão desse frenesim custou-lhe muita eficiência.
O Sporting começou o jogo olhos nos olhos com o adversário alemão, impondo-lhe dificuldades nas ações ofensivas, mas não se livrou de sofrer do mesmo. O Rhein-Neckar Lowen era ainda mais agressivo na defesa, impondo uma linha muito forte aos seis metros, principalmente na zona central, em que esbarraram amiúde os leões. E quando, enfim, os germânicos começaram a encontrar espaços no último reduto contrário, através de uma superior variedade de jogo, e mais frequentes contra-ataques, os portugueses mantiveram a baixa eficácia ofensiva. Por indiscutível mérito do rival, incluindo algumas intervenções do seu guarda-redes, mas também por notória falta de pontaria dos jogadores sportinguistas, que viram alguns remates devolvidos pela trave.
Perante esta tendência que se seguiu a início equilibrado, o ascendente do Lowen foi-se acentuado com repercussões inevitáveis no desnivelamento do marcador, a partir de três golos de desvantagem aos 11 minutos (7-4) para cinco aos 20 (14-9) e um máximo de sete aos 23 (16-9). Temeu-se um final de primeira parte castigador para os leões, mas os alemães perderam ímpeto e perderam o controlo do jogo, permitindo que entrasse numa toada de parada e resposta em que foram claramente menos eficientes. Aproveitou bem o Sporting a partida ter ficado mais aberta, para, com contra-ataques e recargas, reduzir a desvantagem para cinco pontos ao intervalo, que se atingiu a 19-14.
A recuperação operada nos derradeiros cinco minutos da etapa inicial foi um bom tónico no reatamento. A formação orientada por Ricardo Costa entrar a faturar e duplicou o pecúlio aos três minutos, após Andre Kristensen defender um livre de sete metros, encurtando a diferença para três golos (19-16). Mas os postes continuaram a ser alvo das bolas saídas das mãos dos verdes e brancos e a cavalgada sobre os germânicos refreou e estes voltaram a ampliar a distância para mais confortáveis (para eles) seis golos aos 10 minutos (25-19).
Margem que a espaços o Sporting conseguiu diminuir para um mínimo de quatro golos, mas sem fazer perigar a liderança do Rhein-Neckar Lowen, que chegou a tê-la a oito tentos. No entanto, à imagem do que sucedeu na reta final da primeira parte, o jogo partiu-se e foram os leões a retirar-lhe maior proveito, reduzindo para três a desvantagem no resultado (32-19), que os mantêm bem vivos na luta da eliminatória na segunda mão no Pavilhão João Rocha (dia 30 de abril, às 19.45 horas).
Fonte: A Bola