A consultora Oxford Economics prevê que a economia de Moçambique abrande o crescimento para 4,6% este ano, no seguimento da redução da confiança dos empresários e atrasos no recomeço dos projectos de Cabo Delgado.
“Os empresários em Moçambique estão a sentir-se menos confiantes sobre o futuro da actividade económica, num contexto em que o projecto de exploração de gás natural no norte de Moçambique continua fechado e enfrenta novos possíveis atrasos”, escrevem os analistas do departamento africano da Oxford Economics.
Num comentário aos números sobre a confiança dos empresários, que desceu em Março para terreno negativo, pela quarta vez em cinco meses, os analistas salientam que “o crescimento económico deverá abrandar, de 5% em 2023, para 4,6% este ano devido ao crescimento menor da produção de gás natural e aos atrasos na construção do projecto da TotalEnergies”.
Os últimos números do índice PMI, que mostra a confiança dos empresários na evolução da economia de um país, “não são indicativos de um abrupto abrandamento do crescimento económico, mas mostram, na verdade, que as condições empresariais não estão a melhorar substancialmente e que a confiança dos empresários está, de alguma forma, enfraquecida”.
A previsão da Oxford Economics aponta para o regresso da TotalEnergies a Moçambique “no princípio do segundo semestre”, beneficiando da extensão da presença das tropas do Ruanda no norte de Moçambique, para garantir mais segurança no recomeço dos trabalhos de construção do megaprojecto de exploração das vastas reservas de gás natural neste país lusófono africano.
Fonte: O Económico