O Presidente da Bolsa de Valores de Moçambique desafia o Sector Financeiro Nacional a emitir novas obrigações, incluindo Green Bonds e Blue Bonds, para impulsionar projectos sustentáveis de proteção do Meio Ambiente.
Salim Valá garante, no caso, que a sua instituição vai fazer de tudo para apoiar as iniciativas, contribuindo na criação de um quadro regulamentar e operacional para a existência de um Mercado de financiamento Sustentável.
Na verdade, trata-se de um processo já em curso desde 2022 ao nível da BVM.
A instituição diz que está empenhada na preparação de instrumentos para o lançamento de iniciativas de Financiamento Sustentável, incluindo as Green Bonds (economia verde), Blue Bonds (economia azul), entre outras Obrigações Sociais.
Esclarece ainda que, “a proposta de regulamentação orienta e define a emissão, as características e a negociação destes novos instrumentos financeiros em Moçambique, procurando alinhar-se com os Standards internacionalmente aceites nestas matérias”.
Contudo, admite o PCA da BVM, a emissão de Obrigações Sociais carece de uma certificação por entidades creditadas e autorizadas, para garantir-se que se trata efetivamente de emissões de Financiamento Sociais que seguem os padrões da ICMA, entidade reguladora internacional.
“A questão da certificação constitui uma oportunidade de negócio para os nossos cidadãos empreendedores e demais empresários, por poder ser realizada por pessoas singulares ou empresas”, sublinha Valá.
A BVM acredita que a existência de emissões de Financiamento Sustentável vai melhorar a posição de Moçambique nos rankings de Mercado de Capitais e Bolsa de Valores.
Pode, igualmente, colocar Moçambique na rota dos investidores estrangeiros, coincidindo com crescentes boas perspetivas para o lançamento de Financiamento Sustentável no país.
As boas perspetivas referem-se a existência, no país, de condições especiais em termos de biodiversidade, potencial de produção de energias renováveis, recursos naturais e marítimos. São estas as condições que poderão determinar que o pais possa ser um dos destinos preferenciais e de referência do investimento estrangeiro em produtos sustentáveis.
Fonte: O Económico