O Banco Mundial, através da Associação Internacional de Desenvolvimento, IDA, vai doar 20 milhões de dólares americanos para o programa de formação e capacitação de 2.196 Mulheres e raparigas em matéria de Resposta a violência Baseada no Género, (VGB), em Moçambique.
Aprovado em finais de Abril ultimo pelo Conselho de Administração do Banco Mundial, o projecto é novo e deverá dedicar-se a capacitação dos prestadores de serviços de VBG e melhorar a prestação de serviços digitais integrados de VBG, aumentando a utilização destes pelas vitimas sobreviventes.
Segundo a Directora Nacional do Banco Mundial para Moçambique, Idah Z. Pswarayi-Riddihough, a Violência Baseada no Género é um sério desafio, em Moçambique, que prejudica indivíduos e o desenvolvimento do País e inibe esforços de redução da pobreza.
Dados disponíveis revelam que, em Moçambique, 37% das mulheres dos 18 aos 49 anos sofreram violência física ou sexual, infringidas sobretudo pelos seus parceiros .
Outro dado surpreendente para o Banco indica que 53% das mulheres dos 20 aos 24 anos casaram antes da maioridade, o que para o Banco Mundial indicia a importância do fortalecimento dos Sistemas de Apoio as Sobreviventes da VGB.
“Dai que melhorar o acesso aos serviços para as sobreviventes não só responde às necessidades imediatas das vitimas, como também garante a sustentabilidade dos nossos esforços”, indica Idah Z. Pswarayi-Riddihough.
O projecto contará com um suporte digital integrado para recolher dados, gerir casos e encaminhar incidentes de VBG para Centros de Atendimento Integrado em todo o país.
Com as plataformas digitais e campanhas de sensibilização, o Banco Mundial, acredita que será possível monitorar os casos de forma eficaz, envolver o governo e a sociedade civil e incentivar as sobreviventes a procurar ajuda.
A iniciativa complementará os esforços existentes de prevenção e resposta à VBG em Moçambique, incluindo iniciativas focadas em normas sociais e projectos de tecnologia digital destinados a melhorar a utilização de serviços digitais por parceiros governamentais.
Com papel de principal agencia de implementação, o Ministério do Género, Criança e Acção Social, trabalhará em conjunto com o Ministério da Economia e Finanças na área da coordenação.
Fonte: O Económico