Amorim no Liverpool? Here we go!

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Ingleses andam ‘doidos’ com hipótese Amorim. Salto de gigante só ao nível de poucos…

A expressão de um conhecido especialista do mercado de transferências aqui aplicada não é mais do que uma tentativa de chamar a atenção para o que se escreve e diz de Rúben Amorim por estes dias em Inglaterra. O interesse do Liverpool está a ganhar volume nos comentários e páginas nos jornais, ou não estivéssemos a falar de um dos maiores clubes do mundo e da saída emocionada de Jurgen Klopp.

Sem que nada o garanta nesta altura, a mudança de Amorim para o Liverpool levá-lo-ia a um patamar raras vezes alcançado por treinadores portugueses. Sendo José Mourinho um caso à parte – pela quantidade e qualidade das equipas e dos troféus conquistados -, e tendo Carlos Queiroz chegado a Madrid vindo já de Inglaterra, o salto do Sporting para o topo da Premier League só seria comparável à despedida de André Villas-Boas da cadeira de sonho do FC Porto para o Chelsea, em 2011. Nessa altura, o treinador agora candidato saiu de Portugal com o título nacional, a Taça de Portugal, a Supertaça e a Liga Europa. Mas a estadia entre os grandes durou pouco. Outros tiveram mais sucesso – Jorge Jesus, por exemplo, mas o Brasil que me perdoe: ainda não está a este nível.

Esta época, na melhor das hipóteses, Rúben pode terminar o ciclo no Sporting como campeão e vencedor da Taça, com um total de sete títulos na sua ainda curta carreira de treinador. Mas o seu trabalho, de qualquer forma, não será contado apenas por isto. O que Amorim já fez em Alvalade foi consolidar uma ideia – e o preço das ideias está alto no futebol! O Sporting, com este treinador, deixou de ser um clube em constante tumulto, teve equipas competitivas em permanente (re)construção, comprou bem e vendeu melhor, ganhou, mas também perdeu sem tremer ou mudar de plano.

Rúben Amorim deu troféus e competitividade a adeptos que se habituaram a esperar décadas por isso. E fê-lo sempre com um trunfo que pode, em parte, justificar este cenário do Liverpool: com uma comunicação exímia.

No futebol moderno, em que até os últimos classificados da Liga portuguesa tentam sair a jogar sem chuto para a frente e em que quase tudo parece já ter sido inventado pelos melhores, aqueles poucos momentos de abertura das equipas são fundamentais para se criar uma ligação com os adeptos e, assim, dar tranquilidade ao plantel. Ganhe ou perca, Amorim brilha como poucos a este nível. Diz quase sempre a coisa certa, sabe juntar humor quando as perguntas apertam e ser genuíno quando só quer ir brincar com os filhos. Se tudo isto é pensado, só posso notar que está a ser mesmo bem executado.

Para ser treinador do Liverpool, e suceder ao incomparável Klopp, não chegaria uma época que os leões esperam ser vitoriosa. Para ser equacionado para este cargo, há que passar esta imagem completa: uma ideia de jogo, mentalidade vencedora, atenção a novos talentos e discurso e postura de alto nível. Está lá tudo, só falta acontecer.

Fonte: A Bola

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