O ouro subiu com a Reserva Federal a adoptar um tom menos agressivo do que o esperado, ao manter as taxas de juro estáveis, e com as autoridades japonesas a suspeitarem de terem intervindo para apoiar o iene, prejudicando o dólar.
O ouro subiu para US$ 2.330/onça no início das negociações asiáticas, depois de terminar 1,5% mais alto na sessão anterior, o maior ganho de um dia desde meados de abril. Os rendimentos do Tesouro caíram na quarta-feira – impulsionando o ouro – já que o presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou a possibilidade de aumentos, embora tenha reafirmado a necessidade de mais evidências de que os ganhos de preços estão esfriando antes de reduzir os custos dos empréstimos.
Nos mercados cambiais mundiais, o iene avançou mais de 3% face ao dólar, alimentando especulações de que as autoridades japonesas intervieram pela segunda vez esta semana para apoiar a moeda. Um indicador do dólar caiu, tornando o metal precioso mais atrativo para a maioria dos compradores.
O ouro subiu cerca de 13% este ano, atingindo um recorde no mês passado, mesmo com o calendário de cortes da Reserva Federal a ser adiado. A recuperação nos últimos dois meses esteve ligada às fortes compras dos bancos centrais, à procura dos mercados asiáticos – especialmente da China – e aos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente.
O ouro à vista subia 0,3% para US$ 2.326,03/onça em Singapura, enquanto a prata subia para US$ 27/onça.
O paládio foi negociado abaixo da platina, depois de cair abaixo de seu metal irmão pela primeira vez desde fevereiro na quarta-feira, com seu prémio de longa data sendo corroído por uma perspectiva pessimista para a demanda em carros movidos a gasolina.
Fonte: O Económico