Selecionador nacional confessou que estipulou o objetivo das 10 vitórias no apuramento para o Euro-2024 para dar motivação à equipa
Roberto Martínez foi o principal foco do documentário transmitido pelo Canal 11, intitulado de ’10/10: Memória Perfeita’, onde o treinador e os jogadores da seleção portuguesa deram o seu testemunho sobre o apuramento com o pleno de vitórias de Portugal para o Euro-2024.
Contudo, Roberto Martínez confessou que a conquista do pleno de vitórias não, propriamente, o objetivo final: «As 10 vitorias não eram o objetivo final, mas queria espicaçá-los [aos jogadores]», confessou o selecionador nacional que, sem seguida, completou: «É muito difícil para um jogador moderno ter um objetivo claro quando a equipa já esta apurada e eu acho que era importante criar esse objetivo na cabeça dos jogadores.»
O selecionador nacional ainda abordou aqueles que, para si, foram os melhores, e também os piores, 45 minutos que a seleção fez na fase de apuramento: «A primeira parte contra a Eslováquia, no Estádio do Dragão, foram os melhores 45 minutos que fizemos juntos». Por outro lado, a segunda parte desse mesmo jogo deixou a desejar, segundo Roberto Martínez.
Desta forma, o selecionador nacional vê no jogo realizado na Bósnia e Herzegovina (5-0 para Portugal) uma resposta positiva aos segundos 45 minutos contra a Eslováquia: «A primeira parte contra a Bósnia foi a resposta contra a segunda parte contra a Eslováquia. A segunda parte desse jogo foi so a pensar em gerir».
Ainda assim, no momento de escolher o melhor jogo realizado por Portugal na fase de apuramento, o selecionador nacional não tem dúvidas: «O nosso último jogo [contra a Islândia, no Estádio de Alvalade] foi o melhor. Não como resultado final, mas tivemos muitas oportunidades e defensivamente foi o nosso melhor desempenho. Acima de estar apurado e de vencer, para mim o mais importante é a atitude, o querer melhorar. Fizemos um apuramento histórico que é um ponto de partida para os nossos adeptos terem um sonho.»
Para Roberto Martínez, as boas exibições e relações no balneário de Portugal devem-se, entre outros motivos, à mistura de jogadores experimentes e jovens no mesmo plantel: «Os jogadores jovens podem sentar-se no banco com o Cristiano Ronaldo e com o Pepe. É uma experiência que não há em nenhum balneário a nível internacional. Há uma química entre os jogadores que permite que um jogador novo chegue e pareça que tem mais de 50 jogos pela seleção».»
Fonte: A Bola
