O petróleo se estabilizou após um ganho de dois dias, com um grupo da indústria sinalizando uma queda nos estoques de petróleo dos EUA, e os comerciantes a fazerem uma contagem regressiva para uma decisão da taxa de juros pela Reserva Federal, que irá moldar o tom mais amplo do mercado.
O Brent foi pouco alterado acima dos $87 por barril, depois de um avanço de 2,4% nas duas primeiras sessões da semana, elevando o benchmark para o maior fechamento desde o final de Outubro. O Instituto Americano do Petróleo informou que as reservas de petróleo bruto dos EUA caíram 1,5 milhões de barris, de acordo com pessoas familiarizadas com os números. Os stocks de gasolina também foram vistos a contrair.
O banco central dos EUA deverá manter as taxas de juro estáveis pela quinta reunião consecutiva na quarta-feira, 20/03, embora os decisores políticos possam dar pistas sobre quando estarão prontos para passar à flexibilização. Jeff Currie, do Carlyle Group LP, disse que o petróleo subiria bem acima do consenso actual de US$ 70 a US$ 90 por barril, se a Reserva Federal decidir cortar as taxas de juros nos próximos meses.
O crude subiu cerca de 13% este ano, tendo saído de um intervalo de negociação apertado que sufocou a volatilidade nas primeiras semanas de 2024. O avanço foi apoiado pelos cortes na oferta efectuados pela OPEP+ e pelos riscos geopolíticos, incluindo os ataques de drones ucranianos às refinarias russas. Os dados de crescimento globalmente positivos da China no início desta semana também impulsionaram os ganhos.
“Apesar de alguma tomada de lucros antes da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto dos EUA, espera-se que quaisquer quedas sejam de curta duração”, disse Ravindra Rao, chefe de pesquisa de matérias-primas da Kotak Securities Ltd. em Mumbai. Os ataques à refinação russa, os cortes da OPEP+ e os dados positivos da China são todos favoráveis, disse ele.
Os prazos sugerem que os comerciantes estão a prever um mercado mais apertado. Entre eles, o diferencial entre os dois próximos contractos de Dezembro do Brent subiu para mais de 5 dólares por barril, em retrocesso, um padrão de alta marcado pelo facto de o preço mais próximo ser mais caro. Há um mês atrás, era inferior a 4 dólares. Além disso, a inclinação das opções do Brent é a menos baixa dos últimos meses.
Fonte: O Económico
