Um homem, que aparentava ter 40 anos de idade, e que se dedicava ao câmbio informal de moeda estrangeira, foi morto a tiros na noite de segunda-feira, na Cidade da Matola. Em conexão com o caso, está detida uma mulher de 27 anos de idade. Os presumíveis criminosos estão ainda a monte.
O bairro Bunhiça, no Município da Matola, viveu momentos de terror na noite da última segunda-feira, devido ao tiroteio ocorrido naquela área residencial.
Testemunhas contam que entraram em pânico quando indivíduos desconhecidos começaram a disparar contra um cidadão, que viria a perder a vida no local do crime.
Os moradores dizem que até tentaram ajudar, mas foram intimidados pelos supostos criminosos, ameaçando-os de morte.
“Os bandidos vieram primeiro e estacionaram um pouco distante do carro da vítima. Ele recebeu uma ligação e atendeu, não sabemos se era ligação dos bandidos. E, de repente, começamos a ouvir tiros”, contou um morador que não quis ser identificado. “Ele conseguiu escapar e entrou numa casa que estava perto do carro onde havia estacionado. A moça estava a gritar muito e ele teve medo. Achou que estivessem a bater nela e foi quando voltou e veio apanhar a morte.”
Quando o crime ocorreu, o homem estava na companhia de uma mulher que diz ser amiga íntima da vítima.
À imprensa, contou que estava no interior do carro a conversar com o seu amigo e, de repente, foram surpreendidos por dois homens empunhando armas de fogo, que exigiram chaves do carro, telefones e dinheiro. Perante a resistência do homem, os supostos criminosos acabaram por matá-lo, sem levar nenhum dos seus pertences.
“Quando saiu, com aquelas pessoas, encontrámo-lo já estatelado no chão após levar tiros. Quando chegámos, ele ainda estava a respirar. Daí, quando saí do carro dele, eu tinha a sua pasta e a minha. Saí e fui à minha casa deixar as duas pastas que eu trazia, e, quando voltei, começámos a ligar para a Polícia para aparecer”, contou a indiciada que se encontra detida na quinta esquadra da PRM, na Machava.
A Polícia, no entanto, rebate a versão da detida e considera que é uma das principais suspeitas. Aliás, as autoridades dizem ter recuperado o valor de 20 mil rands, o equivalente a 60 mil Meticais e mais 20 mil em moeda nacional.
“Ela, no momento da execução do acto, apoderou-se dos bens da vítima e foi para a sua residência. Depois de a Polícia ter tomado conhecimento do crime, fez as diligências e, neste momento, temos a cidadã de 27 anos de idade como a principal indiciada pela autoria do crime”, avançou Juarce Marins, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Maputo.
O homem, segundo apurou o “O País”, era casado e morava no bairro de Khongolote, deixando viúva e dois filhos.
Fonte:O País