Morreu o antigo Presidente da Tanzânia, Ali Hassan Mwinyi, vítima de cancro. Na sequência do ocorrido, o país vai observar sete dias de luto, com as bandeiras nacionais a meia haste.
O ex-Presidente da Tanzânia, Ali Hassan Mwinyi, que reformou e introduziu a democracia multipartidária no país, morreu ontem aos 98 anos, anunciou a Presidência da Tanzânia.
“É com tristeza que anuncio a sua morte”, declarou a Presidente Samia Suluhu Hassan, acrescentando que o antigo chefe de Estado estava a ser tratado de um cancro do pulmão, escreve a DW.
Mwinyi tinha sido hospitalizado em Londres em Novembro de 2023, antes de regressar a Dar es Salaam para prosseguir o seu tratamento, acrescentou a Presidente tanzaniana.
Escolhido pelo herói da independência, Julius Nyerere, para lhe suceder em 1985, Mwinyi, considerado um líder tímido quando chegou ao poder, herdou um país a braços com uma crise económica, após anos de experiências socialistas fracassadas.
Durante 24 anos, Nyerere lançou o país num projecto socialista chamado “Ujamaa” (“irmandade” em suaíli). À medida que os tanzanianos lutavam para ganhar a vida e as exigências de reforma se tornavam mais prementes, Mwinyi decidiu romper com esta política e liberalizar a economia.
Nascido a 08 de Maio de 1925, na antiga colónia britânica conhecida como Tanganica, Mwinyi mudou-se para Zanzibar para estudar o Islão.
O seu pai esperava que ele se tornasse um líder espiritual, mas o jovem Mwinyi dedicou-se ao ensino, antes de entrar na política na década de 1960, após a libertação do Tanganica.
Após a fusão, em 1964, do Tanganica independente com Zanzibar para formar a Tanzânia, subiu na hierarquia até se tornar embaixador no Egito e ministro da Saúde, dos Assuntos Internos e dos Recursos Naturais durante a década de 1970 e o início da década de 1980.
Fonte:O País