Mais de 13 milhões de pessoas morrem por ano devido à exposição a fatores de risco ambientais. Dentre eles estão a contaminação do ar e da água, substâncias químicas presentes no meio ambiente, pesticidas e radiações ultravioletas.
A diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde, Maria Neira, afirmou que “a mudança climática vem agravar ainda mais esta situação”.
Risco de doenças graves
Em entrevista para a ONU News em Nairóbi, Quênia, durante o encerramento da 6ª Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na sexta-feira, ela afirmou que teve especial envolvimento com a resolução sobre qualidade do ar.
“Mais de 99% da população no mundo respira um ar que não está respeitando os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Muitas doenças, como o câncer de pulmão, como a asma, outras doenças respiratórias crônicas e até os infartos estão relacionados com essa exposição ao ar tóxico que respiramos. Essa resolução, esse trabalho, se faz muito conjuntamente entre a Organização Mundial da Saúde e a Organização para o Ambiente”.
De acordo com a especialista, anualmente são registradas 7 milhões de mortes prematuras devido à má qualidade do ar que se respira.
Resolução recebeu apoio do Brasil
A resolução “Promover a cooperação regional para melhorar a qualidade do ar globalmente”, foi aprovada no último dia da Unea-6.
O texto foi apontado pela diplomacia brasileira como uma de suas prioridades na conferência. O secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Brasil, Adalberto Maluf, afirmou que o país está propondo uma “rede regional de cooperação e fomento a projetos conjuntos”.
Maria Neira destacou que evitar a exposição a fatores de risco que vêm do ambiente traz benefícios para a saúde humana, mas também para “o ambiente, a biodiversidade, os ecossistemas, a sociedade e a economia da nossa sociedade”.
Dentre outros temas tratados na Unea-6 com implicações para saúde, ela destacou as negociações para acabar com a poluição plástica e decisões sobre substâncias químicas.
Fonte: ONU