CENSO 2017: Candidatos a formadores locais paralisam actividade

O PROCESSO de formação de formadores locais está a registar problemas nas províncias de Gaza, Sofala e Zambézia, com os participantes a paralisarem a actividade, exigindo melhores condições de trabalho e de alimentação.

Na Zambézia, concretamente no distrito de Mocuba, os candidatos alegam a falta de transporte, condições de alojamento e o pagamento de subsídios.

Segundo um dos candidatos, alguns ainda não tiveram lugar para dormir. Há casos de pessoas que tiveram que passar a noite de domingo no edifício do Governo do distrito.

“Desde que chegamos no domingo ainda não passamos nenhuma refeição e nem temos informação sobre a nossa situação. Até agora, há colegas que não tem onde dormir”, disse uma das candidatas,  falando ontem à Rádio Moçambique.

Segundo a fonte, a tentativa de obter esclarecimentos junto do delegado do Instituto Nacional de Estatística na Zambézia, Armando Terenha Terenha, sobre a paralisação da formação de formadores naquele ponto do país redundaram num fracasso.

Já na cidade da Beira, os candidatos da província de Sofala queixaram-se hoje à Governadora Maria Helena Taipo, de más condições de alojamento e de alimentação.

Na cerimónia de abertura oficial do curso, os cerca de 400 candidatos a formadores distritais disseram à governante que para além da falta de subsídio, passam uma refeição por dia e mal confeccionada.

Pediram por isso, a intervenção das estruturas locais para inverter o cenário.

Helena Taipo recomendou aos gestores do curso no sentido de criarem condições para os formandos, advertindo que o Estado disponibilizou condições para tal e que devem comunicar as pessoas o que há e o que falta.

Na província de Gaza, a paralisação foi temporária. Os  300 candidatos a formadores locais queixavam-se também das condições de alojamento e da alimentação.

A formação de formadores é uma das etapas cruciais para o recenseamento geral da população, que decorre de 1 a 15 de Agosto em todo o país.

Hilário Mindzo, delegado provincial do Instituto Nacional de Estatística (INE) em Gaza,  reuniu-se de manhã com o grupo, tendo explicado que as lacunas administrativas arroladas acontecem devido aos valores exíguos atribuídos à província para a realização do processo.

Entretanto, Mindzo afirmou que a sua delegação irá tentar melhorar de imediato os aspectos relacionados com o alojamento dos participantes, que não eram do conhecimento da instituição.

As aulas em Gaza só foram retomadas condicionalmente, cerca das 10 horas desta quarta-feira, na perspectiva de resolução das preocupações apresentadas nas próximas 24 horas.