Sala da Paz diz que tiroteios, detenções e apagões mancham contagem de votos

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Tiroteios, restrições de energia e internet, limitações a jornalistas, detenções e tumultos marcaram o processo de votação e contagem de votos nas autárquicas, nas cidades de Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Nampula. A Sala da Paz exige responsabilização de todos os envolvidos em ilícitos eleitorais.

O processo de votação para a escolha dos edis das 65 cidades e vilas autárquicas terminou, mas nem tudo correu bem.

Houve situações que, segundo a Sala da Paz, uma plataforma de Observação Eleitoral Conjunta, poderão comprometer a credibilidade dos resultados eleitorais.

“Nos municípios de Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Nampula, foram reportados vários factos isolados que, de alguma forma, podem afectar a integridade e transparência do processo. Houve restrições de acesso à energia eléctrica em alguns distritos municipais da Cidade de Maputo, Quelimane e Nampula. Houve casos em que a insuficiência de material, como giz e lanternas, impossibilitou o início da contagem de votos. Esses factos registaram-se em KaMaxaquene, na Cidade de Maputo e Pavilhão de Desporto, em Nampula”, disse Crispim Amaral, representante da Sala da Paz, falando à imprensa, esta quinta-feira.

Houve ainda casos de presidentes de mesas de voto que se negaram a assinar as actas, por não aceitar os resultados, o que culminou em tiroteios.

“Em Quelimane, na Escola Primária de Coalane, vários presidentes e vice-presidentes das mesas de voto negaram assinar as actas e abandonaram os locais. Este facto levou a um ambiente de tensão e violência envolvendo os eleitores e o presidente de uma das mesas de voto. A situação de negação de assinatura de actas registou-se, igualmente, em várias assembleias de voto da Cidade de Maputo”.

Os tiroteios nos municípios de Moatize, Gurúè e Chiúre resultaram na morte de um cidadão. 

Com as ocorrências registadas, a Sala da paz caracteriza o processo de votação como tendo sido de tensão, à semelhança dos pleitos passados, e apela aos órgãos de administração eleitoral para que conduzam os passos subsequentes com transparência.

Fonte:O País

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