ONU confirma segurança e eficácia da vacina contra a pólio em Gaza

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As Nações Unidas confirmaram a segurança da vacina contra a poliomielite que será administrada a mais de meio milhão de crianças palestinas durante uma campanha de vacinação em Gaza.

As condições causadas pela guerra fizeram com que a doença ressurgisse após mais de duas décadas.  Na semana passada, foi confirmado um caso em um bebê de 10 meses.

Combatendo a desinformação sobre vacinas

Durante coletiva de imprensa diária em Nova Iorque na terça-feira, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, observou que houve desinformação sobre a vacina. Ele reafirmou que “a maneira mais segura e eficaz de proteger as crianças contra o vírus da pólio, independentemente da variante, é vaciná-las”,

A reação vem na sequência de relatos publicados on-line em Israel e nos Estados Unidos, citando dois cientistas israelenses que afirmam falsamente que a vacina contra a pólio que será usada em Gaza é “experimental” e um perigo para os cidadãos da Palestina e de Israel.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e a agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, a Unrwa, estão se preparando para lançar a campanha, que será realizada em duas rodadas.

Unicef está levando 1,2 milhão de doses de vacina contra a pólio para Gaza.
© Unicef

Unicef está levando 1,2 milhão de doses de vacina contra a pólio para Gaza.

640 mil crianças imunizadas

Mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos de idade receberão duas gotas da vacina oral contra a pólio tipo 2. Dujarric afirmou que os imunizantes são “seguros, eficazes e oferecem proteção de alta qualidade”.

Segundo o porta-voz da ONU, o produto é recomendado globalmente para surtos de variantes do vírus da pólio tipo 2 pela Organização Mundial da Saúde. Ele disse que a vacina foi lançada em março de 2021 e, desde então, mais de 1,2 bilhão de doses foram usadas para proteger crianças em mais de 40 países.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, recentemente apelou para uma pausa humanitária para permitir a ampla campanha de vacinação.

Gaza tinha um alto nível de cobertura de vacinação antes da escalada das hostilidades em outubro do ano passado, mas a cobertura de imunização de rotina caiu, aumentando o risco de doenças que podem ser prevenidas por vacinas em crianças, inclusive a poliomielite.   

Fonte: ONU

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