II Conferência Nacional das MPMEs: enaltecida a resiliência dos empresários moçambicanos

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A cidade de Maputo sedia a II Conferência Nacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), um evento crucial para discutir e encontrar soluções para os desafios enfrentados por este sector vital da economia moçambicana. Organizado pelo Governo através do Ministério da Indústria e Comércio e seus parceiros, o evento reúne empresários, representantes do Governo, instituições públicas e parceiros internacionais para debater o fortalecimento das MPMEs.

A abertura do evento contou com a presença de figuras proeminentes do governo e do setor empresarial, que ressaltaram a importância das MPMEs para o desenvolvimento económico do País. Este ano, a conferência adota o lema “Impulsionando o Desenvolvimento através do Fortalecimento da Indústria Local para o Empoderamento das MPMEs”, refletindo a visão do Governo de promover o crescimento económico, a produtividade e a geração de emprego.

Durante seu discurso, o Presidente Filipe Jacinto Nyusi destacou os grandes desafios enfrentados pelas MPMEs, incluindo o acesso ao financiamento, a lentidão dos processos administrativos e a necessidade de capacitação dos empreendedores. O Presidente da República, ressaltou a importância de superar esses obstáculos para permitir que as MPMEs continuem a desempenhar seu papel crucial na economia do país.

“O dia-a-dia de um negócio é feito de desafios e obstáculos, da concorrência e de outros factores exógenos atinentes ao mercado que exigem atitudes proativas e capacidade de superação”, afirmou Nyusi, enfatizando a resiliência dos empresários moçambicanos frente a adversidades como calamidades naturais e conflitos.

Filipe Nyusi disse que inovar produtos e serviços e diversificar a base produtiva e das exportações são palavras de ordem, razão pela qual, o evento deve se debruçar sobre os mecanismos necessários para remoção dos constrangimentos tanto endógenos decorrentes da estrutura da economia nacional, assim como os intrínsecos às fragilidades internas das empresas.

Apesar de algumas iniciativas para promover o crescimento das MPME’s , com destaque para a melhoria do acesso ao crédito, a promoção de parcerias público-privadas e o fortalecimento das infraestruturas que suportam as actividades empresariais, o Governo pretende criar condições para que este segmento tenha acesso a mercados nacionais e internacionais, aumentando sua competitividade e capacidade de expansão.

“A melhoria do ambiente de negócios é crucial para a atracção do investimento privado, nacional e estrangeiro, e servirá de catalisador do crescimento do empresariado moçambicano”, reconheceu Nyusi. O Presidente da República, mencionou a aprovação da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, destinada a formalizar empreendedores informais, proporcionar acesso a financiamento sustentável e promover boas práticas de governação corporativa.

O Governo tem metas ambiciosas para o sector das MPMEs, buscando aumentar sua contribuição para a economia nacional. Com a retoma do crescimento económico de 7%, que caracterizou a economia moçambicana na última década, o objectivo é que a contribuição das MPMEs no emprego, actualmente em 46,4%, e no PIB, em 23,4%, suba para patamares mais elevados.

“A premissa fundamental desta Conferência é de que o efeito sinérgico resultará sempre num ganho maior e que as soluções aos desafios de competitividade das MPMEs e da economia nacional como um todo só podem ser encontradas se juntos refletirmos, delinearmos e implementarmos estratégias de desenvolvimento das MPMEs mais arrojadas”, afirmou Nyusi.

A colaboração entre o sector público e privado é vista como essencial para o desenvolvimento das MPMEs. “O desenvolvimento das MPMEs não é uma tarefa que pode ser realizada isoladamente. É necessário um esforço conjunto onde todos os sectores da sociedade trabalham em harmonia para criar um ecossistema empresarial robusto e dinâmico”, destacou o presidente.

Além disso, a marca “Made in Mozambique” foi enfatizada como um símbolo de valor competitivo e qualidade, com a adoção de boas práticas de governação corporativa e certificação dos processos e produtos das MPMEs.

Fonte: O Económico

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