Vacina contra malária expandida próximo ano

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A vacinação contra a malária, introduzida ontem a partir da província da Zambézia, será expandida para outros pontos do país com início no próximo ano, segundo garantia dada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago.

A introdução gradual da vacina deve-se a dificuldades financeiras e disponibilidade condicionada do imunizante no mercado, tendo em conta que há muitos países na lista de espera.

Nesta fase inicial, a vacinação abrange apenas a província da Zambézia, com uma meta de 300 mil crianças de zero aos cinco de idade, estando disponíveis mais de 800 mil dozes da vacina, a serem administradas em quatro fases para reduzir a mortalidade infantil no país.

Na cerimónia de lançamento do imunizante, na cidade de Quelimane, Armindo Tiago explicou que a escolha da Zambézia deve-se ao facto de a província apresentar-se com maior peso de casos de malária complicada e óbitos.

Detalhou que o grupo-alvo são crianças por serem a faixa etária que deve ser mais protegida, alertando, contudo, que a vacina complementa as medidas de prevenção da malária como o uso de rede mosquiteira e a pulverização interdomiciliária.

A aquisição das doses e a logística de distribuição estão orçadas em mais de 211 milhões de meticais, desembolsados pela Aliança Global das Vacinas e o Governo de Moçambique, numa altura em que a malária continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública no país.

Dados estatísticos indicam que no país foram registados, no primeiro semestre deste ano, seis milhões de casos de malária, contra 8 milhões em igual período de 2023, uma redução de 22 por cento. No período em apreço, ocorreram 196 mil óbitos intra-hospitalares, contra 211 mil, em 2023, reduzindo a mortalidade em sete por cento, uma tendência que resulta de intervenções combinadas.

Fonte: Jornal Noticias

 

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