Técnico do Vizela aborda o mau momento da equipa, na projeção ao duelo com o SC Braga
Depois da derrota na jornada transata, diante do Chaves (0-1), a missão do Vizela, que ocupa nesta altura o último lugar do campeonato, tornou-se ainda mais difícil. Ainda assim, Rubén de la Barrera espera uma equipa «orgulhosa», este sábado, na casa do SC Braga, onde apenas o triunfo interessa.
«Sabemos que é um jogo contra uma grande equipa como o SC Braga, que tem qualidade coletiva e individual. Sabemos que este tipo de equipas pretendem ser dominadoras. Então, para amanhã, temos de estar como estamos, numa situação evidentemente limite, com dificuldades, por não podermos contar com um número importante de jogadores, que nestes últimos tempos eram importantes, ou estavam a ser importantes para a equipa. Mas também falamos agora de responsabilidade, precisamos de ir para o estádio amanhã para defender o orgulho de cada um, que isto sim é verdadeiramente importante», sublinhou, esta sexta-feira, na antevisão ao encontro com os arsenalistas.
Ainda sobre o momento da equipa, que soma quatro derrotas consecutivas, o técnico espanhol frisa: «Evidentemente, quando as coisas correm bem, o mérito é dos jogadores, não dos treinadores. Isto está instaurado assim e eu acredito que tem de ser assim. É a minha responsabilidade. Os jogadores estão a responder às expectativas que pedia. Esta foi uma semana particularmente difícil para todos os jogadores, depois de algumas contestações das pessoas responsáveis da estrutura do clube. O presidente foi bastante crítico àquilo que está a acontecer.»
«Quando tudo corre bem, tudo está bem, todos somos altíssimos, guapíssimos, craques mundiais… geralmente, quando as coisas correm mal, todos somos baixinhos, muito feios, toda esta série de coisas, e não valemos e não servimos para isto. Se falamos de resultados, não podemos sentir orgulho no que foi atingido, em relação aos pontos. Sim, o processo não deu resultado. Em muitas ocasiões, processos muito maus saem bem, e processos muito bons saem mal. E isso pode acontecer. Porquê? Porque existem muitas, mas muitas variantes que permitem ganhar ou não ganhar. Neste caso, nesta época, neste contexto, está a acontecer isso, e a mim, particularmente, chateia-me. Eu fico doido com esta situação, porque sabemos o que trabalhamos e sabemos o tempo que dedicamos…», realçou sobre a frustração da equipa pelos maus resultados.
A claque de apoio ao emblema vizelense Força Azul 1982 anunciou, esta semana, que não irá apoiar a equipa principal nos derradeiros jogos da Liga, como forma de protesto contra a «má gestão da SAD na preparação da presente época desportiva», tendo inclusivamente feito chegar à Câmara Municipal de Vizela uma moção de censura para que não seja disponibilizado o autocarro para a equipa sénior até ao final da temporada. Para Rubén de la Barrera, seria melhor ter o apoio de todos: «Como treinador, obviamente gostaria de ter ao dispor o maior apoio possível de toda a gente. Mas, repito, o que não depende de mim, não controlo.»
A partida frente aos bracarenses está marcada para este sábado, na Pedreira, às 20.30 horas. O Vizela está a seis pontos do Portimonense, em lugar de play-off de manutenção, a cinco jornadas do fim do campeonato.
Fonte: A Bola