Sporting venceu o Young Boys, por 3-1, na Suíça
– Nada está fechado, mas vencer aqui dá uma vantagem positiva para a segunda-mão? E uma palavra para o apoio dos adeptos?
– Começámos a ouvir logo no hotel. É óbvio que as pessoas estao confiantes e acreditam em nós. Há um caminho a percorrer e precisamos da ajuda deles, porque estamos a meio da eliminatória. Sabíamos que ia ser um jogo complicado com muitos duelos no um contra um. Entrámos muito bem e falhámos sempre no último passe. É algo que temos de melhorar. O Adán segurou-nos com duas grandes defesas. Não podemos sofrer antes do intervalo o 2-1. Retificámos algumas coisas, mas o que ajudou muito não foi o que falámos no balneário mas o terceiro golo. É uma eliminatória muito perigosa e o Young Boys vai ser ainda mais corajoso em Alvalade. Temos de estar preparados e agora temos de pensar no Moreirense.
– 19 golos marcados e um sofrido nos últimos quatro jogos. O que é que isto lhe diz? Que consequências este jogo pode ter para a visita ao Moreirense?
– Depende da recuperação dos jogadores. Não sabemos que tipo de impacto terá. Eles estão todos preparados e sabemos que não podemos perder pontos no campeonato. Às vezes a mente é mais importante que o corpo. Quanto aos golos, esses números podem mudar… Queremos manter esta sequência de vitórias. Teria tido mais impacto este jogo se não tivéssemos ganho. Todos os jogadores sentem que podem jogar na equipa do Sporting e isso ajuda a preparar o Moreirense.
– Como é que tem trabalhado esta onda de vitórias, porque a equipa pode ter a qualquer momento um percalço? – A equipa está confiante, mas ainda nos lembramos do que foi perder com o SC Braga. Uma equipa que ganha muitos jogos e depois perde um, sente-se muito… Perdemos um título e não ganhámos nenhum. O trabalho não está feito e não podemos ficar contentes com nada. Podemos ficar confiantes. Não tenho de trabalhar muito nesse aspeto. Os jogadores também sabem que podem perder o lugar. Os que entraram não se notou diferença na forma de jogar.
– Vimo-lo a acenar negativamente com a cabeça em campo. O que é que não gostou deste jogo?
– Nós, às vezes, fazemos esses gestos, por um mau passe ou má decisão… Temos de melhorar também nas decisões, na saída de bola, na velocidade que o Adán e o Israel colocam a bola. Eu já lá estive e tento controlar essa forma de estar no banco, porque não ajuda nada. Eu tive vários treinadores que eram assim e eu não gostava nada [risos]. Temos de ser muito melhores nas transições ofensivas. É frustrante porque mais um golo faz diferença nas eliminatórias.
– Já vimos Inácio a jogar quase como trinco nos momentos de saída de bola. Pode ser uma opção nos jogos que se compliquem mais?
– Não está fora de equação. Ele é um jogador que tem essa capacidade e às vezes foi o central pressionado que levou a equipa mais para a frente. Pode ser uma coisa boa no futuro e nós vamos jogo a jogo vermos os jogadores que temos.
– Chegou a temer pela capacidade física do Gyokeres e foi por isso que o substituiu?
– Fizemos uma gestão do Gyokeres, mas os jogadores já começam a conhecer as ideias da equipa e o jogo. Nunca havia uma cobertura e estava sempre o um para o um com o Gyokeres. O Edwards e o Pedro Gonçalves puxaram os defesas e o Gyokeres inicia a corrida. Se ele estiver sozinho dez vezes nós temos de jogar dez vezes quando outro jogador não for ajudar. Não fiquei nada preocupado, porque o Gyokeres recupera mais devagar que os outros. A forma como ele olhou e ficou estupefacto por ver o número dele [na substituição]…
Fonte: A Bola