O PSG ‘desiste’ do Parque dos Príncipes e construirá um novo estádio

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O PSG expressou oficialmente a sua intenção de encontrar um local na região de Île-de-France (que inclui Paris e os seus arredores) para construir um novo estádio e abandonar o Parque dos Príncipes, considerado pequeno demais para o clube, devido a desentendimentos com a prefeitura da capital.

De acordo com o jornal ‘Le Parisien’, próximo ao clube francês, um e-mail enviado pela entidade às autoridades de Île-de-France no dia 11 de março confirma a intenção da instituição, controlada por um fundo soberano catariano, de priorizar a construção de um novo complexo esportivo em uma área a 20 quilômetros da cidade.

A mensagem, segundo a mesma fonte, é assinada pelo secretário-geral do PSG, Victoriano Melero, e é dirigida à comissão responsável pelos planos estratégicos de desenvolvimento e planejamento ambiental da região até 2040.

De acordo com a imprensa francesa, esse passo oficializa a separação entre o PSG e a prefeitura de Paris.

Já em fevereiro, as autoridades de Île-de-France haviam manifestado publicamente a sua intenção de ajudar o PSG a encontrar um novo lar, e entre os possíveis destinos para um futuro estádio estavam lugares como Altos do Sena, Yvelines, Essone e Val d’Oise, localizados a oeste da capital.

O PSG inicialmente tentou comprar o Parque dos Príncipes da prefeitura, com o objetivo de aumentar a sua capacidade que, com 48.600 lugares, é considerada insuficiente em comparação com os grandes clubes europeus.

No entanto, o município, governado por uma coalizão de formações de esquerda e ecologistas e liderado pela socialista Anne Hidalgo, se opôs à venda para preservar o patrimônio da cidade.

“Repito hoje e de uma vez por todas: não haverá venda do Parque dos Príncipes”, reiterou a prefeita no início deste ano em entrevista ao jornal ‘Ouest France’.

A prefeita também expressou a sua indignação com declarações “ultrajantes” do presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, no ano passado, insinuando que a cidade não queria vender o estádio porque os seus proprietários são “árabes”.

Dias depois, o conselho municipal votou contra essa venda, e o presidente afirmou categoricamente que deixariam o estádio: “Acabou. Vamos sair do Parque dos Príncipes”.

Os atritos entre as duas partes remontam a mais de um ano. Além das acusações de Al-Khelaïfi, Hidalgo considerou “ridícula” a oferta de 28 milhões que o clube teria feito para adquirir o local.

No entanto, encontrar uma alternativa ao Parque dos Príncipes não é fácil, já que o PSG e Île-de-France precisam encontrar um espaço suficiente para construir um estádio com capacidade para pelo menos 60.000 pessoas, com transporte público e estacionamento em uma região, a de Paris, com uma das maiores densidades populacionais da Europa (12,3 milhões de habitantes).

De qualquer forma, uma eventual mudança não será rápida. Ambas as partes estão ligadas por um contrato de arrendamento em longo prazo e baixa renda em troca de melhorias no imóvel alugado.

No caso do Parque dos Príncipes, o contrato é de 30 anos, até o final de 2043, e o PSG realizou melhorias no valor de cerca de 85 milhões de euros desde a assinatura do compromisso em 2013.

Fonte: Besoccer

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