O “contrato algo pesado” com o Sporting, o mercado e o avançado que “leva a equipa para a frente”: tudo o que disse Amorim

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Rúben Amorim fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o Chaves, partida da 17.ª jornada da Liga Betclic agendada para amanhã, às 18 horas.

Nos últimos dois jogos, Sporting jogou contra equipas de pressão alta. Acredita que contra o Chaves poderá encontrar um bloco mais baixo? Estado físico de Coates? “Coates sentiu-se bem. Não tivemos muito tempo para ver porque simplesmente fez o último treino antes do jogo, passado quatro semanas. O jogo já estava controlado, não teve muito trabalho, mas está apto e cada vez melhor, está preparado. Em relação ao que vamos encontrar, alertámos os jogadores que nestes jogos não interessa muito em que lugar está o Chaves. Acho que vamos encontrar um bloco mais baixo no início, basta ver o jogo com o Portimonense e as duas oportunidades que tiveram logo no início. Ganhámos mas podíamos ter perdido ou empatado. Espero um bloco mais baixo à espera das transições, com um avançado que já tem metade dos golos da equipa. Podem apostar muito nos cruzamentos. É um bloco difícil de penetrar e basta ver o jogo que fizeram contra o FC Porto. A equipa está a evoluir com as ideias do Moreno. Se tivesse de apostar, apostava nos cruzamentos e nas bolas paradas, onde eles são fortes”.

Koindredi… Quais são as qualidades do jogador? “Percebo a pergunta. Não vou dar nada do mercado. Estou muito focado no jogo e não a pensar nos novos jogadores”.

Relaxamento do Sporting quando está a ganhar por margem folgada. É fácil manter a concentração quando o Sporting vai jogar com o último classificado? “Eu diria que é normal, os jogadores têm que ser chamados à atenção. Fizemos isso durante a semana. Até acho que podíamos ter evitado o golo do Estoril, mas não acho que a equipa tenha relaxado, temos de melhorar na bola parada. O que disse aqui disse 10 vezes aos jogadores. Temos de perceber o ambiente que vamos enfrentar, com frio, sem o conforto de jogar em Alvalade, temos feitos boas exibições principalmente lá. Qualquer transição do Chaves vai fazer com que cresçam no jogo. Sabem que este jogo é um extra, também já estive do outro lado. Os jogadores foram avisados, temos de ganhar o jogo para manter o 1.º lugar. É preciso mostrar aos jogadores as caraterísticas da equipa do Chaves e mostrar-lhes que podemos perder se não estivermos no máximo. Isso é muito claro”.

Importância de um onze base, Sporting tem rodado muitos os centrais… Gostava de dar mais descanso aos centrais e aos médios a partir de fevereiro? “Temos tido atenção ao Morita porque sente algumas dificuldades no 3.º jogo da semana, temos jogadores para isso. Gostamos de ter todos preparados, mas devido às lesões temos mudado muito. Houve uma fase em que fazíamos isso na frente e mantínhamos os centrais. Nesta fase, mudam as caraterísticas e os adversários, e não é tanto por querermos toda a gente ‘viva’ mas sim porque as caraterísticas dos adversários fazem com que as escolhas recaiam sobre um ou outro. Assim como as lesões”.

Disse, em tempos, que se o Sporting o dispensasse não exigia dinheiro. Já comparou o Sporting de agora com o Sporting de há um ano? Vítor Baía diz que Gyökeres deveria ter sido mais vezes expulso no campeonato. Comentário? Koba, é um contrasenso ir buscar um suplente de um jogador emprestado? “Em relação ao mercado não vou comentar. Gyökeres? Não recuso defender os meus jogadores, recuso comentar palavras de elementos de outros clubes. Comparação com o ano passado? Mantém-se essa opção. Se o clube não quiser contar comigo no futuro não terá de pagar mais nada, isso é palavra de honra. Está estipulado uma coisa parecida no contrato, não penso nisso. O que posso dizer é que tenho uma relação tão boa com as pessoas do Sporting, que no dia em que quiserem [mandar-me embora], não me têm de pagar nada, até porque é um contrato algo pesado. Estamos bem encaminhados [na época], mas isso não quer dizer que daqui a umas semanas não estejamos a falar sobre falharmos os nossos objetivos. O foco passa pelo Chaves. Hoje olhamos para a equipa e vemos uma equipa mais forte e num momento diferente. Pressão do FC Porto? Não vou comentar essas palavras. Os jogadores sabem que os defendo. Talvez no aspeto da arbitragem sintam que não os defendo, mas a melhor maneira de o fazer é ser como sou, em renovar contrato, etc. Em aspetos que mudam a vida deles…”.

Sporting é líder neste momento. Esta é a época em que mais acredita num título? Seria aquela em que a desilusão seria maior caso isso não acontecesse? Edwards… “O Edwards está em dúvida. Ontem não treinou e ainda se sente em baixo, mas vai viajar connosco, não perdeu assim tantos treinos. É um jogador importante, quer a jogar a titular quer a sair do banco. Acreditar? Acredito sempre. No 1.º ano não acreditei tanto porque estava focado em salvar a próxima jornada, era diferente. A desilusão vai ser a mesma de sempre, fiquei sempre desiludido quando não ganhámos. Estamos no bom caminho, mas há um ponto de diferença para uma equipa, cinco para outra, sete para outra… Vai ser sempre muito difícil. Como temos sofrido jogos, diria que estou bastante preocupado. O foco está só neste jogo. Há dois anos, quando ficámos em 2.º lugar e se acreditava muito na equipa e acabámos por conseguir… Tenho a noção que a expectativa é grande. Vamos jogar fora de casa e dois dias antes esgotam os bilhetes, isso é um sintoma de que toda a gente acredita. Mas basta passar para 2.º lugar que tudo muda. Estamos a meio”.

Concorda que falta um médio com maior capacidade para progredir com bola, uma das caraterísticas do Koba? Espera um reforço para essa zona para perceber se deve emprestar Dário Essugo? “Faremos essa avaliação depois. Também jogamos de forma diferente e antigamente tínhamos de levar a bola mais para a frente, agora temos um avançado que se calhar nos leva lá para a frente e nós metemos a equipa toda subida. Jogamos com blocos mais baixos e por isso é que aumentámos a posse de bola. Temos de ir adequando os novos jogadores à realidade. Não sei se falta um jogador com essa capacidade, mas tudo o que fizermos serão jogadores a pensar no presente e no futuro. Vamos ver o que acontece e comentamos mercado no fim. Essugo? Todos os jogadores melhoram a jogar, até porque perdem alguma motivação [só a treinar]. Ele tem dificuldade em jogar na nossa equipa porque os médios têm mostrado grande capacidade, e acho que poderia fazer bem [um empréstimo]. Se houver essa hipótese, talvez o Essugo pudesse jogar noutra equipa”.

Este é o momento mais decisivo da época até agora? Equipa está ciente deste momento? “Isso é muito claro. Até todos os jogadores voltarem, temos uma sequência de jogos que depois poderemos gerir de outra forma. É um ponto de viragem. Não acho que haja diferença na nossa forma de jogar, há diferenças no adversário. Fora de casa teremos que ganhar os jogos não jogando tão bem, mas temos que os ganhar. E aí entram outras coisas, entra a força, o querer, e isso vai ser muito importante nesta sequência de jogos. É uma fase sensível nesse aspeto e temos de arranjar forma de ganhar os jogos se quisermos continuar assim”.

Fonte: Record

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