Leila Pereira sobre Daniel Alves e Robinho: “Condenado tem que ir para a cadeia”

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras e hefe de delegação da seleção brasileira nos amistosos contra Inglaterra e Espanha, voltou a se manisfestar sobre os casos do s ex-jogadores Daniel Alves e Robinho, condenados por estupro.

“É um absurdo você cometer um crime, ser condenado, não estamos falando de um processo, mas de uma condenação. Não acredito que você combata a criminalidade sem a punição – e severa. Todos os crimes devem ser punidos de maneira severa, mas principalmente contra as mulheres”, disse em uma longa entrevista ao programa ‘Seleção sportv’.

“E o caso do Daniel Alves, volto a repetir, é um tapa na cara de todas nós mulheres. Se acontecer realmente o que estão noticiando, porque não conheço o processo, não sei se realmente pagando um valor ele vai ficar livre. Isto é um absurdo, passaporte para cometer um crime. Paga e você é solto. Isto não pode acontecer, mas não adianta eu falar, só. Todas nós temos que falar, peço a todas as mulheres, vocês da imprensa também têm responsabilidade. Não posso falar sozinha, não vou conseguir solucionar o problema da violência contra a mulher sozinha. Preciso de todos vocês”, completou.

“A pessoa tem que pagar, mas não financeiramente. Condenado tem que ir para a cadeia”.

Até hoje, Leila tinha sido a única pessoa da comitiva da seleção a se manifestar publicamente sobre o caso. Depois dela, o lateral Danilo, da Juventus, e o treinador Dorival Júnior, fizeram comentários. 

“Tenho uma responsabilidade grande, por ser mulher, por ser pioneira em vários aspectos, inclusive ser a primeira presidente mulher do Palmeiras, hoje a única na Série A e B. Tenho que me posicionar em determinados assuntos, como estes que envolvem o nosso gênero”.

“Eu falo, falo, falo, mas a gente precisa agir. Preciso que as autoridades se conscientizem. Não é possível que as pessoas não tenham empatia ao sofrimento destas meninas, de todas nós. Todo mundo tem mulher em casa, mãe, filha, esposa. Não é possível que não tenha empatia, não sinta o que nós sentimos. Mas para isso precisa ter punição e severa”, completou. 

“O mundo do futebol é muito permissivo, é um glamour grande em cima de todos. Eu tenho a cabeça feita, não é o futebol que vai mudar, mas até pessoas amadurecidas mudam. É muita gente em cima, muitos interesses. Quem não tem a cabeça firme, por isso a importância do trabalho que fazemos na base, isto não vai acabar. Sem a certeza da punição, vai acabar nunca. Deixa as portas abertas para cometer o crime, pagar e ficar livre”, cobrou.

Fonte: Besoccer

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