“Há muitos jogadores descontentes na Arábia Saudita”

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Nem tudo que reluz é ouro, na Arábia Saudita. O novo cenário do mundo do futebol atraiu as estrelas da Europa, mas algumas já retornaram – como Henderson – e outros desejam voltar. Aymeric Laporte destapou a verdade sobre a Liga Saudita.

“É uma mudança muito grande comparando com a Europa, mas no fim tudo é adaptação. De fato, tem muitos jogadores que estão descontentes. Mas a cada dia estamos trabalhando, negociando para ver se melhora um pouco, porque é algo novo para os sauditas também, ter jogadores europeus experientes. Não estão acostumados a isso e têm que se adaptar a um pouco mais de seriedade”, disse o defensor em entrevista ao diário ´AS´. 

“Você negocia uma coisa e eles não aceitam, logo depois de terem assinado. Te contestam com isso… Por outro lado, o mesmo que te tiram te dão em outros aspectos. Falo da minha experiência própria. Da minha parte, o que vi é que tentam te trazer, mas depois chega o dia a dia e é diferente. Estou decepcionado em tão pouco tempo, você acaba se perguntando o que fazer. Ainda não chegou o momento, mas no futuro poderia sair se essa dinâmica continuar assim”, desabafou o francês naturalizado espanhol.

E a lista de reclamações de Laporte não para por aí. “Eles cuidam de nós, mas não suficientemente para o meu gosto. Na Europa te pagam um bom salário, mas te cuidam muito mais. A vida para eles… não se preocupam com nada. O ultimato que você possa lhes dar não importa para eles”. 

Por fim, deu mais detalhes sobre como é a vida em Riade: “Sendo sincero, muitos de nós viemos para cá não somente por futebol. Eu busco algo além da parte econômica. A nível de qualidade de vida, esperava algo diferente porque no fim aqui você passa três horas por dia no carro. Riade tem muito trânsito, é muito tempo perdido dentro do carro”. 

“Riade tem pontos muito bons e outros muito ruins. Os centros comerciais são realmente espetaculares. Mas se você tem que ir a um lugar e passa uma hora e meia no carro, desanima. O trânsito é um ponto negativo. Eu vivo em um “compound”, mas quase nunca estamos lá, porque jogamos a cada três dias e é muito desgastante”, concluiu. 

Fonte: Besoccer

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