Sérgio Conceição é o único português no elenco; há jogadores de apenas de cinco países; Michel Platini tem a marca de realizar o feito em mais de uma ocasião durante o torneio
Na antecâmerera da 17.ª edição do Euro, A BOLA recorda os jogadores que já realizaram a notável proeza de marcar três golos numa partida da fase final da competição do velho continente. Até ao momento, registaram-se apenas oito ‘hat-tricks’. Sabe quem são os autores?
Com apenas 22 anos, o avançado do Colónia evitou a eliminação da sua seleção. Entrou aos 79 minutos, numa altura em que a República Federal da Alemanha estava a perder, por 2-1, contra a antiga Jugoslávia. Aos 82′, cabeceou para o golo do empate e levou o jogo para prolongamento. Na segunda parte do tempo-extra, Dieter Müller completou um hat-trick (115 e 119), carimbando a passagem à final. No jogo decisivo, a Checoslováquia superou os alemães nas grandes penalidades, com vitória por 5-3, após um empate a dois golos no tempo regulamentar.
O então goleador do Fortuna Düsseldorf foi vital no complicado triunfo (3-2) ante a Holanda. Entre os 20′ e os 65′, marcou três golos, o que lhe viria a valer, posteriormente, o título de melhor marcador da competição. Depois de ter perdido na final quatro anos antes, a República Federal da Alemanha conquistou pela segunda vez na sua história o troféu, depois de bater, por 2-1, a Bélgica na final. Aí, Horst Hrubesch (do Hamburgo) foi o héroi, com dois apontados.
A jogar em casa, a França assegurou o título europeu em 1984, com uma figura em destaque: Michel Platini. Depois de marcar o único golo na vitória sobre a Dinamarca, na ronda inaugural do Grupo A, o então prodigioso médio da Juventus marcou três golos (4′, 74′ e 89′) na goleada (5-0) contra a Bélgica.
No terceiro e último jogo do Grupo A, Michel Platini, capitão da equipa francesa, voltou a marcar três golos (59′, 62′ e 77′) na vitória (3-2) sobre a Jugoslávia, tornando-se no primeiro e ainda único jogador a marcar mais do que um hat trick no torneio. A França seguiu para as meias-finais, marcando encontro com Portugal. No prolongamento, Michel Platini confirmou a derrota (2-3) e a eliminação da equipa das quinas.
O Monsieur Football despediu-se da prova com o 9.º golo da conta pessoal, apontado no triunfo (2-0) frente à Espanha, na grande final.
Em 1988, o ponta de lança Marco Van Basten justificou a titularidade ante a Inglaterra, na segunda jornada do Grupo B, com três golos (41′, 71′ e 75′). Os homens de Rinus Michels terminaram o agrupamento no segundo lugar, mas isso não impediu a caminhada triunfante até a final, na qual Marco Van Basten voltou a fazer a diferença, marcando, provavelmente, o melhor golo da história do Euro ante a União Soviética – o jogo acabou 2-0. Além da taça, o avançado do Milan levou para casa a bota de ouro, com cinco golos marcados.
No dia 20 de junho de 2000, em Roterdão, Sérgio Conceição entrou para a história dos Europeus e do futebol português. O então extremo da Lazio, considerado uma segunda linha para o selecionador Humberto Coelho, foi titular no último jogo do Grupo A. O adversário era nada mais, nada menos que a Alemanha, que terminou no último lugar do agrupamento, com apenas um ponto somado. Sérgio Conceição aproveitou a oportunidade e fez um hat-trick em 36 minutos (35′, 54′ e 71′). Portugal chegou às meias-finais, perdendo para a França, por 2-1, com golo de um tal de Zinedine Zidane, já na segunda parte do prolongamento, de grande penalidade.
24 anos depois, Francisco Conceição está integrado Seleção Nacional. Resta saber se este vai conseguir repetir o feito do seu pai…
Nos quartos de final do Euro 2000, os co-anfitriões Países Baixos brindaram a Jugoslávia com uma copiosa goleada, por 6-1. O então jovem atacante Patrick Kluivert assinou um hat-trick (20′, 44′ e 75′). O póquer esteve muito perto de acontecer, mas um autogolo de Dejan Govedarica, aos 51 minutos, não o permitiu.
Na jornada inaugural do Grupo D, a Espanha goleou por 4-1, a Rússia, com assinatura de David Villa, que marcou três golos (20′, 44′ e 75′). Ao longo da competição, o então avançado do Valência foi peça-chave no sucesso do conjunto de Luis Aragonés. Em 2008, começou um era de ouro para a ‘La Roja’, que alcançou um inédito bicampeonato europeu e ainda o Mundial 2010, na África do Sul.
David Villa foi o último jogador a apontar um hat trick em fases finais do Euro. Esta é das poucas metas, que Cristiano Ronaldo ainda não conseguiu chegar, apesar de ser o melhor marcador da história do torneio, com 14 golos, em 25 jogos, divididos por cinco edições. Naquele que poderá ser o último europeu do icónico capitão de Portugal, resta saber o que ele tem reservado para a sua despedida, aos 39 anos.
Fonte: A Bola
