Danilo, o líder silencioso do Brasil que se inspira em Buffon e Ramos

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O lateral-direito do Juventus, cujos modelos a seguir são Gianluigi Buffon e Sergio Ramos, é o capitão da nova Canarinho de Dorival Júnior, que estreará na segunda-feira, na Copa América dos Estados Unidos, contra a Costa Rica, no SoFi Stadium de Los Angeles.

Com 32 anos, ele faz as vezes de ‘pai’, de um elenco repleto de jovens e sem Casemiro, por decisão técnica, nem Neymar, afastado enquanto se recupera da ruptura do ligamento cruzado e do menisco do joelho esquerdo.

Não por acaso, ele é o segundo jogador da convocação mais veterano, atrás apenas de Rafael, terceiro goleiro da seleção, com 35 anos e membro de última hora da expedição, devido à lesão de Ederson (Manchester City).

Embora em campo não tenha brilhado como Cafú ou Carlos Alberto, Danilo é titular incontestável para Dorival e se destacou nos últimos meses por motivar o grupo antes dos jogos, após mais de uma década defendendo a Seleção (84 convocações e quase 5.000 minutos), uma faceta até então desconhecida.

“Vini, diziam que você não valia nada e agora está no Real Madrid (…) Não é normal vestir esta camisa, rapazes, não é normal. É uma responsabilidade? Sim. É uma pressão? Sim, mas é um privilégio, amigos, é um privilégio vestir esta camisa”, exclamou diante de um vestuário abraçado, antes do último amistoso de preparação contra os Estados Unidos (1 a 1).

Com voz firme, lembrou em seu discurso a emoção do cozinheiro da Seleção, por estar preparando a comida para eles e apelou especificamente a Raphinha e a Vinícius, os dois principais jogadores ofensivos do Brasil: “Você se lembra, Raphinha, na Copa do Mundo (do Catar 2022), que estávamos abraçados, chorando porque tínhamos perdido (contra a Croácia, nas quartas) e não sabíamos quantas outras oportunidades teríamos de vestir esta camisa?”, disse ao ponta do Barcelona.

“E Vini, onde está o Vini? Irmão, eu vou além com você. Lembro de que diziam que você não valia nada para o Flamengo. Mas você é muito bom e agora está no Real Madrid e na Seleção”, afirmou dirigindo-se ao atacante merengue.

Buffon, Ramos e Kompany, entre suas referências

Sua maior inspiração? O mítico goleiro italiano Gianluigi Buffon, “seu modelo de líder e capitão”. O ex-goleiro da Azzurra lidera uma lista na qual também aparecem “Thiago Silva, Sergio Ramos, Vincent Kompany e Fernandinho”, com os quais conviveu no passado como companheiros de vestiário, sem esquecer a figura de seu pai.

Sempre interessado em temas de psicologia, à qual recorreu para superar uma depressão em sua passagem pelo Madrid, o defensor de Bicas (Minas Gerais, 1991) se declara “preparado” para exercer o papel de capitão, que foram desempenhados anteriormente por Thiago Silva, Casemiro e o destituído Dani Alves, condenado na Espanha por estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona.

No meio de jovens como Endrick, Lucas Beraldo e Savinho, com menos de 20 anos ou pouco mais, Danilo busca “elevar a tolerância ao sofrimento” nos jogos de uma geração pouco ou nada acostumada ao fracasso: “Temos que lembrar disso, dessas cicatrizes, para não normalizar o que significa jogar na Seleção”, afirmou às vésperas da Copa América.

Fonte: Besoccer

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