Carrossel mágico de Dominguez dita presença na final

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Já está definido o primeiro finalista da Taça de Moçambique ZAP. É União Desportiva de Songo que, esta terça-feira, venceu a Associação Desportiva de Vilankulo, por 2-1.

Entrar a marcar. Desacelerar, activar novamente o piloto ofensivo, escancarar à baliza contrária de caras com o guarda-redes e gerir um adversário partido por conta de uma viagem desgastante (ndr: a União Desportiva do Songo chegou à Beira pela madrugada de terça-feira para jogar às 15h00 do mesmo dia).

Um martírio para quem cuja única missão é jogar a bola. Songo não tem culpa, na verdade. Paskim ainda ameaçou com rasgo pela área, mas não teve critério na zona de definição. Dominguez, na ternura dos 40 anos celebrados há pouco, mostrou como se faz, assistindo soberbamente Muzaza que interpretou da melhor forma a sinfonia do mestre. Dito de outro modo: Muzaza abriu o livro aos 3′.

Rodrigues foi ao primeiro andar, fez como mandam as regras, porém Guirrugo disse não ao golo. Mas também disse que “não sou substituto de Ernani por acaso.

O que estava fácil para a União Desportiva do Songo tornou-se ser, Dominguez teve uma intervenção num lance dentro da área. O árbitro Wilson Muianga, parente pobre do jogo (não por este lance), apitou para a marca dos onze metros. Com mestria, Dayo elevou a contagem para 2-0. Sem capacidade de reacção, e muito menos pulmão para preencher a zona de tampão na intermediária, a Associação Desportiva de Vilankulo errava nos passes. Esporadicamente, partia para o ataque sem criar “frisson” na retaguarda dos “hidroeléctricos”.

Que maravilha a movimentação de Dominguez a arrastar adversários, passe de mestre para Dayo que tudo fez, menos respeitar a classe do craque que esperava pelo endossar da “pelota” para atirar a contar. Dayo não teve capacidade para convocar da inteligência e fazer o que recomendam os manuais de futebol naquelas situações. Prontos. A casa não estava cheia, mas deu para se ouvir algum murmúrio do público que não gostou do tempo do passe. “Ok”, momento não aproveitado pela União Desportiva do Songo, seguido de um “ko” de abordagem e leitura de um lance por parte do árbitro Wilson Muianga que, perto do intervalo, fez vista grossa a um lance que daria penalti à equipa de Inhambane.

Foi mesmo por isso que foi escoltado aos balneários no final da primeira parte. Quando o comboio que seguia a Tete, partindo da Beira, apitou (bem perto do Caldeirão do Chiveve há uma estação dos CFM), Betinho, cara-a-cara com Guirrugo, falhou escandalosamente aquele que seria o 2-1. Isto aos 41′ da segunda parte. Mas não eram só os seus (neste caso, treinadores e colegas de equipa) que colocavam as mãos na cabeça perante tanta falta de ratice para marcar. Songo agradeceu.

Mas quem não estava à altura do espectáculo era mesmo o árbitro. Primeiro, porque assinalou uma grande penalidade dúbia à favor da Associação Desportiva de Vilankulo (convertida por Betinho) e, depois, porque ignorou um lance que levaria Songo à marca dos onze metros. O que é certo é que, com o carrossel mágico de Dominguez, os “hidrocarbonetos” tremiam bastante. Mas, com as alterações feitas na equipa da União Desportiva do Songo, e já a pensar na final, a ADV tentou pressionar, bombardeando as bolas para área contrária, sem, no entanto, lograr os seus intentos. Songo procura, agora, salvar a época.

O adversário da final sairá do jogo Black Bulls vs Baia de Pemba, esta quinta-feira.

Fonte:O País

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