O São Paulo suou, mas conseguiu a classificação às quartas de final do Campeonato Paulista. Após a vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, neste domingo, o técnico Thiago Carpini celebrou a classificação e explicou um gesto curioso após o gol marcado por Lucas, de pênalti.
Quando o atacante balançou as redes, o que garantia a vaga ao São Paulo, Carpini levou a mão à orelha em direção à torcida do Ituano, como uma provocação.
Em entrevista coletiva, o treinador disse que o gesto tratou-se de uma resposta à alguns “desafetos” que ofenderam o comandante durante a partida.
“Pode ter ficado um repercussão negativa. Respeito demais o Ituano, eu conheço as pessoas que trabalham no clube, o Alberto (Valentim) é um amigo pessoal meu. De maneira nenhuma eu quis desrespeitar essas pessoas. O fato é que existiam duas ou três pessoas no alambrado, alguns desafetos que o futebol te dá. E em um estádio pequeno, a gente ouve tudo. Algumas ofensas de cunho pessoal à minha esposa, minha família. Não cabe agora repetir o que foi dito a mim, acho que o meu erro foi responder ali ao final da partida”, justificou Carpini.
Ao término da primeira fase do Estadual, o treinador fez um balanço da participação do São Paulo nesta etapa inicial do torneio. Apesar da classificação sofrida, ele avalia a campanha como “satisfatória”.
“Em relação à campanha, vejo ela muita satisfatória. Nós herdamos um trabalho vitorioso, mas ainda é um processo de reconstrução. Vitória depois de vitória pé sempre amais difícil. Nós perdemos atletas importantes do ano passado para esse, um trabalho maravilhoso do Dorival. Hoje por exemplo não tivemos o Pablo Maia, perdemos o Calleri por lesão. Tem sido recorrente no São Paulo, temos que nos reinventar. O grupo era complicado, podíamos ter ficado de fora com 20 pontos. Poderíamos estar hoje classificados, vocês sabem do que eu estou falando, numa condição bem diferente. Então, quebra de tabu, título da Supercopa, liderança do grupo e classificação à próxima fase, eu vejo um saldo muito positivo. E o torneio que eu posso testar e fazer algumas mudanças é o Estadual, não podemos fazer isso na Libertadores, por exemplo”, avaliou.
Por fim, Carpini explicou a estratégia de reforçar a defesa e recuar o time quando o São Paulo ainda vencia por 2 a 1. Apesar do susto, ele exaltou o grupo tricolor e disse estar confiante para a sequência da temporada.
“Quando o Alberto coloocou o Salatiel, conheço dele, optei por reforçar a marcação e dar mais controle com o James e o Rafinha, para caminhar para um segundo tempo tranquilo. A ideia era proteger a nossa entrada da área e tirar as sobras que aconteceram pelos lados. Claro que há controvérsias, vão associar o terceiro zagueiro ao gol. Mas os erros creio que foram mais em tomadas de decisão”, justificou.
“Sempre procura manter o equilíbrio em todas minhas ações. No momento do gol, sem mais mexidas, a gente pensa como podemos reagir ali no momento final. Vi o banco atrás de mim e todos estavam motivamos, falando que íamos conseguir. Isso me deixa muito feliz. Nem sempre vamos resolver com a técnica, tática, às vezes nós vamos sofrer um pouquinho. Internamente, nunca tivemos dúvida do nosso trabalho. Vejo que nós temos uma sintonia muito bacana, temos tudo para trilharmos uma temporada vitoriosa”, concluiu.
Classificado, o São Paulo enfrentará o Novorizontino nas quartas de final do Paulistão. O Tricolor ficou na liderança do Grupo D, com 22 pontos, mesma pontuação do rival, segundo colocado.
Ainda não há data nem horário confirmados para o duelo eliminatório. A Federação Paulista de Futebol (FPF) ainda não divulgou a tabela completa da próxima fase da competição. No entanto, com o primeiro lugar da chave, a equipe de Thiago Carpini garantiu o mando de campo.
Fonte: OneFootBall