André Almeida foi o grande protagonista do jogo entre Granada e Valencia

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“Dê a bola para o ’10’!”. Um grito. Seis palavras. E toda uma filosofia por trás. É especialmente comum ouvir esse clamor na Argentina, terra que eternizou para sempre a importância desse número na dinâmica da equipe. O ’10’ não pode ser desajeitado. Não pode ser apenas mais um. Além disso, não precisa ser particularmente físico, regular ou rápido. Na verdade, por romantismo, quase se prefere que ele seja fraco, cerebral e um pouco lento. De movimentos, não de cabeça.

Em Los Cármenes, André Almeida reivindicou a importância de seu perfil, após seis meses de apagamento. Ele jogou pela última vez em 1 de outubro contra o Betis até que, em meados de março, entrou nos minutos finais contra o Villarreal. Rubén Baraja, seu treinador, foi questionado sobre o português, na coletiva de imprensa antes do jogo e suas palavras sugeriam que ele estava ainda mais longe de seus planos, do que está agora.

O técnico do Valencia reconheceu que Almeida é um jogador diferente, mas insinuou que ele precisava se esforçar para merecer os minutos que, recuperado nas últimas semanas, não teve. Ele o colocou contra o Granada aos 12 minutos do segundo tempo, com sua lenta equipe, sem ideias e repetindo o roteiro medíocre que tem prejudicado tudo o que foi conquistado em Mestalla. Contudo, o resultado foi excelente!

Sua contribuição não foi estratosférica, mas ele levou apenas alguns segundos para se destacar dos demais. Desde que entrou em campo, o Valencia começou a se encontrar, a saber como jogar e a ter um capitão que dizia ao navio para onde ir. Almeida procurou a bola e pareceu que ela também o procurou. Isso aconteceu no gol, onde ele pegou uma bola solta na área e a escolheu para reviver. Controle orientado, chute e gol.

Suas associações, coragem e qualidade já ajudaram nos minutos anteriores, uma equipe com bons jogadores jovens, mas carente de uma bússola um pouco mais madura para fazer a diferença. Até agora, sua contribuição tem sido irregular e brilhante ao mesmo tempo (ele ainda segue o perfil), e não foram poucos os que, na cidade do Turia, não tinham esperanças de que ele desse um passo definitivo adiante. Enquanto não sabemos se este foi o caso, por enquanto, dê a bola para o ’10’ e veremos o que está por vir.

Fonte: Besoccer

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