Bom trabalho do árbitro neerlandês
Serdar Gözübüyük viajou até à Invicta para dirigir o FC Porto-Arsenal, jogado no Estádio do Dragão. O internacional neerlandês recebeu, à distância, o auxílio de Dennis Higler (desempenhou a função de vídeo árbitro).
A primeira parte ofereceu alguns problemas a Gözübüyük, sobretudo aquando da marcação de pontapés de canto favoráveis à equipa inglesa: taticamente Arteta optou por colocar muitos dos seus homens na área de baliza do FC Porto (em particular Ben White e Saliba) e perto da zona de ação de Diogo Costa, dificultando o trabalho de toda a defesa azul e branca e da própria equipa de arbitragem. A etapa inicial teve um número pouco apelativo de vinte e uma faltas assinaladas (9/12), algo anormal na prova milionária. Na segunda a tendência manteve-se inflacionada, embora em menor escala: o jogo terminou com trinta e seis infrações, vinte e duas das quais cometidas pelos londrinos.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
2′ Declan Rice “mordeu” o pé de Galeno, que seguia em velocidade e foi derrubado por essa ação irregular. A infração impediu saída prometedora do FC Porto. Cartão amarelo bem exibido.
15′ Pepe pisou momentanemente o pé de Odegaard, quando tentava disputar a bola com o norueguês. Esteve bem o árbitro da partida ao assinalar pontapé livre para o Arsenal.
35′ Alan Varela e Otávio, em ação defensiva, caíram na área azul e branca, na sequência de pontapé de canto para os ingleses. Houve contatos mas não se vislumbrou qualquer falta atacante dos jogadores ingleses. Esteve bem o árbitro ao nada assinalar.
42′ Martinelli usou o braço/cotovelo esquerdo para afastar Alan Varela da jogada, acabando por atingi-lo no maxilar inferior. A infração foi antidesportiva e devia ter sido punida com advertência.
52′ Francisco Conceição agarrou a camisola de Martinelli, impedindo de forma antidesportiva que o avançado brasileiro saída em velocidade. A infração valeu advertência correta ao jogador do FC Porto.
57′ Jakub Kiwior viu com justiça o cartão amarelo após agarrar Francisco Conceição, impedindo irregularmente que o adversário prosseguisse um ataque prometedor. Nova decisão acertada do árbitro neerlandês.
60′ Amarelo bem exibido a Kai Havertz, do Arsenal: o avançado alemão levantou o braço direito para impedir Pepê de poder disputar o lance consigo. A infração, que atingiu o rosto do jogador brasileiro, não foi muito diferente daquela em que Martinelli escapou à advertência (aos 42′). Neste caso esteve bem o árbitro da partida.
62′ Nico González desinteressou-se de disputar o lance, agarrando Havertz de forma antidesportiva. Gözübüyük manteve o critério disciplinar relativamente a esse tipo de infrações (agarrões ostensivos), exibindo bem o cartão amarelo ao médio espanhol.
71′ Otávio foi carregado nas costas por Odegaard, em infração cometida fora da área azul e branca (zona paralela à linha lateral). O central caíu dentro da sua área de rigor, vendo a bola tocar-lhe no braço esquerdo, que estava em apoio para amparar queda no relvado. Nesse momento o jogo já estava interrompido. Falta atacante bem assinalada.
74′ Pepê pisou inadvertidamente o colega Diogo Costa, na tal “dança de marcação” na área de baliza do FC Porto, antes de pontapé de canto executado por Saka. O árbitro viu bem que o contacto fortuito não foi provocado por jogadores do Arsenal.
75′ Odegaard não fez obstrução a Galeno, que caíu sobre as suas costas quando ensaiava tentativa de saída em contra ataque. Análise correta da equipa de arbitragem.
86′ Wendell ficou algo combalido após disputar lance dividido com Declan Rice, mas o médio inglês jogou a bola de forma legal. O contacto posterior foi decorrente do seu movimento.
89′ Ben White puxou o braço esquerdo de Ivan Jaime, cometendo infração bem sancionada com pontapé livre direto favorável ao FC Porto.
90+4′ Golo legal do FC Porto, marcado por Galeno, após intersecção e passe de Otávio.
Tudo certo.
Fonte: A Bola
