Dia Internacional de Combate à Epilepsia destaca conscientização sobre a condição

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O Dia Internacional de Combate à Epilepsia, celebrado anualmente no começo da segunda semana de fevereiro, destaca a importância da conscientização sobre a condição. Na data, a Organização Mundial da Saúde, OMS, explica que a doença crônica não transmissível do cérebro afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. 

A condição caracteriza-se por convulsões recorrentes, que são breves episódios de movimentos involuntários que podem ser parciais ou generalizados. Os pacientes podem ter perda de consciência e de controle da função intestinal ou da bexiga.

Entenda a epilepsia

Os episódios de convulsão são resultado de descargas elétricas excessivas em um grupo de células cerebrais. Diferentes partes do cérebro podem ser o local dessas descargas. Elas podem ser breves lapsos de atenção ou solavancos musculares até convulsões graves e prolongadas, além de variarem em frequência, de menos de uma por ano a várias por dia.

A OMS explica que uma convulsão isolada não significa epilepsia, já que até 10% das pessoas em todo o mundo têm uma convulsão durante a vida. A condição é definida como a ocorrência de duas ou mais convulsões não provocadas. 

A agência de saúde da ONU afirma que essa é uma das doenças reconhecidas mais antigas do mundo, com registros escritos que datam de 4000 a.C. O medo, a incompreensão, a discriminação e o estigma social cercam a epilepsia há séculos. Esse estigma continua em muitos países até hoje e pode afetar a qualidade de vida das pessoas com a doença e de suas famílias.

Mais sobre a doença

Dados citados pela OMS apontam que a epilepsia afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A proporção estimada da população em geral com epilepsia ativa é de quatro a 10 em cada mil pessoas.

Em todo o mundo, estima-se que 5 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com epilepsia a cada ano. Em países de alta renda, calcula-se que 49 a cada 100 mil pessoas sejam diagnosticadas com epilepsia a cada ano. Em economias de baixa e média rendas, esse número pode chegar a 139 por 100 mil. 

A OMS avalia que a maior incidência se deve ao risco de doenças endêmicas, como malária ou neurocisticercose, maior número de lesões causadas pelo trânsito e ao nascimento, além de variações na infraestrutura médica. Cerca de 80% das pessoas com epilepsia vivem em países de baixa e média renda.

Causas e tratamento

A epilepsia não é contagiosa. Embora muitos mecanismos de doenças subjacentes possam levar à condição. A causa ainda é desconhecida em cerca de 50% dos casos em todo o mundo. 

As convulsões podem ser controladas. Até 70% das pessoas que vivem com epilepsia podem ficar livres de convulsões com o uso adequado de medicamentos anticonvulsivos. 

A interrupção do uso de medicamentos anticonvulsivos pode ser considerada após dois anos sem convulsões e deve levar em conta fatores clínicos, sociais e pessoais relevantes. Em países de baixa renda, cerca de três quartos das pessoas com epilepsia podem não receber o tratamento de que precisam. 

Segundo a OMS, cerca de 25% dos casos de epilepsia sejam potencialmente evitáveis. A agência aponta que prevenção de acidentes pode evitar epilepsia pós-traumática. 

Além disso, focar na redução de fatores de risco cardiovascular, como pressão alta, diabetes e obesidade, juntamente com a evitação do tabaco e do consumo excessivo de álcool, pode ajudar a prevenir a epilepsia associada ao acidente vascular cerebral. 

A OMS ainda ressalta que, em áreas tropicais, onde muitos países de baixa e média renda estão localizados, infecções do sistema nervoso central são causas comuns de epilepsia. Educar sobre prevenção de infecções e eliminar parasitas são estratégias eficazes para reduzir a epilepsia globalmente.

 

Fonte: ONU

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