“Terrorismo em Cabo Delgado poderá ficar enfraquecido com a morte de Christian Malanga”

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A morte de Christian Malanga, um dos supostos líderes da tentativa de Golpe de Estado na República Democrática do Congo (RDC), podera enfraquecer o terrorismo em Cabo Delgado.Defende o Capitão-Tenente na Reserva, Abdul Machava, que explica que os grupos de insurgência naquela província do norte do país são motivados e financiados por alguns recursos de que dispõe. Abdul Machava faz ainda uma ligação com o facto do suposto terrorista estar envolvido em negócios ligados à mineração.Esse facto, segundo Machava e aliado às informações até agora levantadas sobre Christian Malanga, mostra que, provavelmente, o seu poder económico de Malanga poderia estar ligado ao tráfico de minerais preciosos dentro RDC.Explica ainda que a sua pretensão de chegar à presidência é mesmo para “salvaguardar esses interesses profundos de exploração dos recursos que, aliás, não os podendo satisfazer de forma totalmente legal, poderia estar ligado a grupos que exploram os recursos de forma clandestina, com o apoio da rebelião nas zonas mais diamantíferas”.Acredita também que, sabendo de informações de que Christian Malanga já abriu empresas ligadas ao sector mineiro, é possível fazer uma ligação entre a sua potência pela actividade mineira e o seu estatuto financeiro com o financiamento a actividades ilícitas em vários países.“Penso que ainda hão-de vir à tona informações de vários países onde Cristian Malanga tem ligação. Assim, é bem provável que uma das fontes dos grupos de insurgência possa ter sido destruída. Isso são ligações que vamos fazendo à medida que nos chegam informações sobre ele”‘, anota.Fazendo um paralelismo entre o Golpe de Estado na RDC e o terrorismo em Cabo Delgado, entende Abdul Machava, que o que aconteceu na República Democrática do Congo, só pode ser chamado tentativa de golpe porque estavam lá pessoas armadas que ocuparam o palácio, mas em termos de armamento era extremamente desorganizado.Segundo explica, a desorganização pode ser vista também na insurgência em Cabo Delgado, tendo em conta que “a Matriz Internacional do terrorismo é feita com muito conhecimento tático militar e, muitas vezes, com uso e produção de artefactos de guerra. Não conseguimos ver isso no terrorismo em Cabo Delgado”, explica Machava.Para Abdul Manhiça, as falhas técnicas observadas no terrorismo em Cabo Delgado mostram que, provavelmente, os grupos terroristas, embora pareçam estar ligados a Al-Kaeda e ao Estado Islâmico, não são assim tão terroristas como o é.

Fonte:O País

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